Antonio Meneses, violoncelista brasileiro e um dos principais músicos da sua geração, morreu neste sábado (3), na cidade de Basileia, no noroeste da Suíça, aos 66 anos.
A informação foi confirmada nas redes sociais do próprio músico por sua equipe.
Meneses foi diagnosticado em junho com glioblastoma multiforme (GBM), uma forma agressiva de câncer cerebral.
A pedido do próprio artista, não será realizado velório.
Nascido no Recife em 1957, criado no Rio de Janeiro e residindo na Europa desde a juventude, Meneses se destacou como um dos mais renomados solistas e músicos de sua geração.
Ele se apresentou com orquestras de destaque mundial em cidades como Berlim, Londres, Viena, Paris, Moscou, Nova York e Tóquio, colaborando com maestros como o austríaco Herbert von Karajan e os italianos Claudio Abbado e Riccardo Muti.
Fez parte também do célebre Trio Beaux Arts de piano e trabalhou com vários conjuntos de música de câmara (um tipo de música clássica para pequenos grupos, feita para ser tocada em salas menores) e pianistas, incluindo Maria João Pires.
Sua discografia inclui gravações de destaque, como o Concerto Duplo de Brahms e Don Quixote de Richard Strauss com a Filarmônica de Berlim, além das obras completas de Villa-Lobos para o violoncelo.
Ele também lançou álbuns por diversas gravadoras, como Deutsche Grammophon e Naxos, e seu trabalho foi indicado ao Grammy.
Aos 16 anos, o renomado celista Antonio Janigro o convidou para estudar na Alemanha, primeiro em Düsseldorf e depois em Stuttgart.
Na Europa, Meneses venceu competições importantes como o Concurso Internacional do canal de televisão ARD em Munique e o Concurso Tchaikovsky em Moscou, iniciando sua carreira internacional.
Além de sua carreira de concertista, Meneses também dava aulas ao redor do mundo e lecionou na Universidade de Artes de Berna, na capital da Suíça, de 2008 a 2023.