VÍDEO: movimentação na lagoa após colapso da mina da Braskem

Imagens da Defesa Civil mostram aparente vórtice e área de perturbação mais extensa
Área onde teto da mina 18 colapsou, às 13h15 deste domingo (10): movimento na lâmina d’água, acusando o afundamento e, depois, abrangendo área mais extensa. (Foto: reprodução/Defesa Civil)

A Defesa Civil de Maceió divulgou no meio de tarde, neste domingo (10), imagens da lâmina d’água da lagoa Mundaú.

As imagens mostram que a área de perturbação na superfície do mais importante curso d’água a banhar Maceió se ampliou e há, também, muito mais perturbação na superfície.

Ainda assim, segundo a Defesa Civil, o fenômeno é isolado.

Desde que emitiu o alerta sobre o possível afundamento – em 29 de novembro –, o órgão, bem como outros especialistas que se manifestaram nos últimos dias cogitam duas possibilidades: uma de um colapso drástico, formando uma cratera.

A estimativa é de que a área de vazio, nas camas subterrâneas de Maceió, naquela região, se compare à do estádio do Maracanã, no Rio (RJ).

Outra possibilidade era a de um processo contínuo, porém, de menor impacto.

Uma variável disso seria a própria mina ir se preenchendo, com o resíduo que se desprendia do teto ocupar a cavidade.

Nota, divulgada após o colapso, informou:

“A Defesa Civil de Maceió informa que às 13h15 deste domingo a mina 18 sofreu um rompimento, que pôde ser percebido num trecho da Lagoa Mundaú, bairro do Mutange”.

“No momento, técnicos da Defesa Civil estão monitorando o local em busca de mais informações”, acrescenta o texto.

“A Defesa Civil ressalta que a mina e todo o seu entorno estão desocupados e não há qualquer risco para as pessoas”, diz trecho seguinte.

Acompanhamento

Nas horas antes do colapso, o monitoramento apontava que em 24 horas, a superfície da mina cedeu 12,5 cm. Um boletim divulgado mais cedo apontou para uma nova desaceleração no ritmo da movimentação do solo sobre a mina da Braskem. A velocidade passou de 0,54 cm/h para 0,52 cm/h.

O afundamento atingiu 2,35 metros de afundamento desde o dia 30 de novembro, quando essa medição passou a ser feita.

A mina sob risco é uma das 35 que a Braskem mantinha na região para extração de sal-gema. Em cinco anos, desde que surgiram as primeiras rachaduras em casas e nas ruas por causa da mineração realizada na região pela Braskem, mais de 14 mil imóveis tiveram que ser evacuados em cinco bairros, afetando cerca de 60 mil pessoas.

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