O G1 (responsável por esta reportagem) teve acesso, nesta terça-feira (23), a imagens gravadas por câmeras de segurança que mostram a menina de 7 anos que foi raptada e estuprada no domingo (21) sendo levada pelo suspeito do crime na garupa de uma moto nas ruas de Rio largo, região metropolitana de Maceió.
A Polícia Civil criou uma força-tarefa para investigar o caso.
O homem aborda a vítima na Rua Napoleão Viana de Oliveira, quando ela caminhava com a prima de 9 anos para comprar refrigerante.
Segundo o relato da criança à mãe, o homem ofereceu uma bicicleta para convencê-la a subir na moto.
A vítima foi levada a um terreno baldio e estuprada.
A Polícia Civil ainda tenta identificar o suspeito, que está foragido.
A criança foi encontrada horas depois por um casal que acionou a Polícia Militar.
Ela foi ouvida, acompanhada de um psicólogo, e depois levada para exames no Instituto Médico Legal (IML).
Um inquérito policial foi aberto para investigar o crime de estupro de vulnerável.
O delegado Ricardo Menezes disse que um outro caso parecido foi registrado no início do mês e, também, está sendo investigado.
“Nós estamos investigando dois casos que foram registrados na polícia, um no dia 12 e outro no dia 21, que apresentam muita semelhança”, disse o delegado Ricardo Menezes.
“Acreditamos que talvez seja o mesmo autor, mas ainda é uma questão que está sendo levantada”, acrescentou.
“Temos imagens que facilitam a identificação, mas ainda estamos buscando nome e CPF, estamos buscando a qualificação do suspeito, mas já temos uma imagem bem aproximada dele”, disse o delegado.
Criança foi encontrada sangrando, andando sozinha na rua
A menina de 7 anos foi encontrada caminhando na rua por um casal que passava de carro pelo local. Gabriel Santos, o homem que a encontrou, é motoboy e disse que achou estranho que uma menina daquela idade estivesse sozinha e implorando por ajuda.
“Quando olhei de lado a vi e vi um cara correndo”, contou Gabriel.
“Já ficamos naquela tensão e ela disse que tinha sido estuprada”.
“Eu olhei e a vi sangrando, a gente se aperreou, colocou no carro”.
“Não deu para ir atrás dele, até porque eu não estava preocupado com ele, estava mais preocupado com a criança”, relatou Gabriel.
O motoboy disse que pensou em levá-la até uma amiga, que é conselheira tutelar, mas no caminho encontrou uma viatura da Polícia Militar e pediu ajuda.
Durante o trajeto, o motoboy disse que tentou acalmá-la.
“Comecei a conversar com ela e ela me pedindo: ‘Tio, me leva para casa”, disse.
A Delegacia dos Crimes Contra a Criança e o Adolescente da Capital e o Núcleo Especial de Atendimento à Mulher de Rio Largo, coordenados pelos delegados Ricardo Menezes, Teila Rocha, Rosimeire Gomes, estão trabalhando em força-tarefa para esclarecimento do caso.
Heliana Gonçalves – G1/AL