Albino Santos de Lima, conhecido como o “Serial killer de Maceió”, foi condenado nesta quinta-feira (4) a 14 anos e sete meses, incialmente em regime fechado, pela tentativa de assassinar Alan Vitor dos Santos Soares, em crime cometido em junho de 2024, no Vergel.
Já condenado por outros crimes, no início das investigações, Albino confessou 18 crimes, a maioria assassinatos.
Mas, voltou atrás e passa negar a autoria – caso do crime pelo qual sentou-se no banco dos réus nesta quinta-feira.
Além disso, ele pediu que sua imagem não fosse divulgada.
Albino também deverá pagar indenização de 50 mil reais à vítima.
Conforme o processo, Alan contou que foi perseguido, levou um tiro na cabeça e ficou inconsciente.
Depois disso, a vítima foi atingida por mais tiros.
Alan passou um mês em coma, ficou com sequelas, usa bolsa de colostomia, tem uma bala ainda alojada no corpo e precisa de medicamentos de uso constante.
Hoje, Alan trabalha como barbeiro, mas a sequela no dedo de uma das mãos com compromete a atividade.
Durante o júri, uma irmã da vítima foi ouvida.
Laura Nicole se emocionou e chorou no salão de audiências, ao relembrar que “o irmão sempre foi do bem, não tem envolvimento com drogas” e, em especial, que não entendia a motivação do crime.
Ela diz que o irmão passou a ter crises de epilepsia após o ataque.
Crime
Segundo as investigações, Alan Vitor dos Santos Soares retornava do trabalho para a casa da avó, quando percebeu que estava sendo seguido.
Na sequência, ele teria sido surpreendido por quatro disparos: na nuca, dois no pulmão e um de raspão na orelha.
Ainda segundo depoimentos, Albino seguia Alan nas redes sociais e a irmã disse que chegou a ouviu os quatro tiros.
Ela disse que não chegou a ver, mas ouviu e quando correu já viu seu irmão caído no chão e desacordado.
Também foi ouvido Wesley Michael Alves dos Santos, amigo próximo de Alan e que tinha convívio com ele desde criança.
No júri, Wesley contou que estava dentro de casa, quando ouviu os disparos, saiu à rua e viu o assassino passando todo vestido de preto.
O promotor mostrou fotos de registros do Albino para a testemunha reconhecer e ele confirmou que se tratava de Albino, vestido daquela forma.
Wesley disse que não conhecia e nunca havia visto o Albino antes.
Diego Rafael Santos Pontes, amigo do Alan, sendo ouvido agora. Frequentava a barbearia dele.
Promotor perguntou a Wesley por Emerson Wagner.
O amigo da vítima disse que Emerson era amigo deles da barbearia de Alan.
Emerson é uma das vítimas que Albino assassinou; em caso já julgado e pelo qual o Serial Killer foi condenado.
Ele diz que nem dormiu essa noite e que esperou “mais de um ano para olhar na cara” de Albino.
Wesley conhecia diversas vítimas do Albino.
O réu negou o crime, contestou a informação de que seu perfil de rede social seguia o de Alan nem que acompanhasse as publicações em tempo real que a vítima fazia.
Segundo Albino, seu perfil – que continha a expressão “fuzileiros navais” e mais uma numeração – ele não sabe se ainda continua ativo e que não tinha nenhum arquivo referente ao Alan.
Perguntado pelo representante do Ministério Público sobre quantas pessoas já matou, Albino respondeu que “apenas uma” – que ele confessou e em crime no qual há provas contra ele.
Mas, há a confissão do Albino com detalhes do crime.
Com informações – Diretoria de Comunicação / MPAL