Sargentos mortos podem ter sido baleados por acidente

Militares presentes à operação que resultou nas mortes foram afastados até a conclusão das investigações
Sargentos Oliveira e Braulino estavam à paisana quando foram mortos; policiais militares que participaram da operação foram afastados até a conclusão das investigações. (Foto: reprodução)

‘Os PMs mortos em São José da Tapera, sertão de Alagoas, no último domingo (10), podem ter sido baleados acidentalmente por próprios colegas de farda.

O 1º Sargento PM José Ailton Ramos de Oliveira e o 2º Sargento PM Braulino Santos Santana foram mortos após trocar tiros com outras pessoas armadas.

De início, havia a suspeita de que o confronto tenha se dado entre os militares e grupos de criminosos que agem da região.

Mas, nessa segunda-feira (11), a página eletrônica do periódico O Dia revelou que um erro de apuração provocou a tragédia.

Segundo o portal, os dois militares estavam à espreita de suspeitos de roubo a casas lotéricas na região – no jargão policial, “estar de campana”.

Na noite dessa segunda-feira (11), a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP–AL) confirmou a possibilidade.

Até então, a SPP-AL afirmava que os dois sargentos tinham sido mortos por criminosos.

As investigações indicam que a operação policial era para prender dois suspeitos de ter cometido uma tentativa de homicídio em São José da Tapera, no sábado (9).

Os dois estariam escondidos em uma chácara quando militares do Pelotão de Operações Especiais (Pelopes) chegaram ao local, mas os suspeitos fugiram pelos fundos da residência e entraram uma área de mata.

Na busca, os militares fizeram disparos, atingindo os sargentos Oliveira e Braulino, que estavam à paisana em um ponto na mata, na tentativa de prender os criminosos.

Um dos militares morreu no local, enquanto o outro chegou a ser socorrido, mas não também resistiu aos ferimentos.

O caso é investigado pela Polícia Civil.

Um inquérito policial militar foi instaurado pela PM-AL para apurar o caso.

Os policiais militares envolvidos na operação foram afastados até a conclusão das investigações, de acordo com a SSP-AL.

O secretário Flávio Saraiva e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Paulo Amorim, também determinaram que fosse oferecido acompanhamento psicológico às famílias dos militares falecidos.

O 1º sargento Oliveira, de 53 anos, era natural de Palmeira dos Índios, e ingressou na corporação em fevereiro de 1991.

O 2º sargento Braulino, de 48 anos, era natural de Pão de Açúcar, e fazia parte da turma que ingressou em agosto de 2006.

Ambos pertenciam ao 7º BPM, lotados em Santana do Ipanema.

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