PM acusado de matar motorista em Maceió tem júri adiado

Gedival Souza Silva, militar aposentado, se envolveu em discussão de trânsito e atirou contra Fábio Jonatha – crime é de outubro de 2021
Fábio Jonathan da Silva era motorista e trabalhava pela Secretaria de Saúde de Maceió: acusado de mata-lo a tiros seria julgado nesta sexta-feira; júri ficou para o dia 3 de maio. (Foto: reprodução / arquivo pessoal)

O julgamento do policial militar aposentado Gedival Souza Silva, acusado de matar a tiros o motorista da Secretaria de Saúde de Maceió Fábio Jonathan da Silva, que deveria acontecer nesta sexta-feira (22), foi adiado.

O juiz José Braga Neto aceitou o pedido de defesa do militar, que pedia o adiamento do júri.

A vítima tinha 26 anos e foi baleada pelas costas em 2021, durante uma briga no trânsito.

De acordo com o juiz José Braga Neto, o a nova data para o julgamento será dia 3 de maio.

Em entrevista ao G1/AL  (responsável por esta reportagem), a mãe de Fábio, Rosângela Joventino, disse que a família e amigos vão estar no Fórum da Capital, no Barro Duro, para acompanhar o julgamento. Todos esperam que o PM aposentado seja condenado.

“Ele atirou de forma covarde, sem direito a defesa”.

“Quero que a justiça seja feita e que ele seja condenado”.

“Ele destruiu os sonhos do meu filho, a minha vida, a da minha família”.

“É uma dor que parece não ter fim”.

“Amanhã vamos pedir justiça”, disse Rosângela.

Ao G1/AL, o advogado da família disse que a defesa de Gedival justificou o adiamento por falta de testemunha.

“Ora, onde já se viu anular um julgamento por causa de uma testemunha?”, disse o advogado Petrúcio Livramento

“Uma estratégia para ganhar tempo”, acrescentou.

O G1/AL disse não ter conseguido contato com a defesa do PM.

O crime aconteceu no dia 14 de outubro de 2021.

Em um vídeo gravado por uma testemunha, Fábio aparece ferido no chão pedindo socorro.

O motorista foi levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), passou por algumas cirurgias, foi internado na UTI, mas não resistiu.

O policial militar Gedival de Souza Silva foi preso em flagrante e depois teve a prisão convertida para preventiva em uma audiência de custódia.

Por Lucas Melo — G1/AL

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