O julgamento do policial militar aposentado Gedival Souza Silva, acusado de matar a tiros o motorista da Secretaria de Saúde de Maceió Fábio Jonathan da Silva, que deveria acontecer nesta sexta-feira (22), foi adiado.
O juiz José Braga Neto aceitou o pedido de defesa do militar, que pedia o adiamento do júri.
A vítima tinha 26 anos e foi baleada pelas costas em 2021, durante uma briga no trânsito.
De acordo com o juiz José Braga Neto, o a nova data para o julgamento será dia 3 de maio.
Em entrevista ao G1/AL (responsável por esta reportagem), a mãe de Fábio, Rosângela Joventino, disse que a família e amigos vão estar no Fórum da Capital, no Barro Duro, para acompanhar o julgamento. Todos esperam que o PM aposentado seja condenado.
“Ele atirou de forma covarde, sem direito a defesa”.
“Quero que a justiça seja feita e que ele seja condenado”.
“Ele destruiu os sonhos do meu filho, a minha vida, a da minha família”.
“É uma dor que parece não ter fim”.
“Amanhã vamos pedir justiça”, disse Rosângela.
Ao G1/AL, o advogado da família disse que a defesa de Gedival justificou o adiamento por falta de testemunha.
“Ora, onde já se viu anular um julgamento por causa de uma testemunha?”, disse o advogado Petrúcio Livramento
“Uma estratégia para ganhar tempo”, acrescentou.
O G1/AL disse não ter conseguido contato com a defesa do PM.
O crime aconteceu no dia 14 de outubro de 2021.
Em um vídeo gravado por uma testemunha, Fábio aparece ferido no chão pedindo socorro.
O motorista foi levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), passou por algumas cirurgias, foi internado na UTI, mas não resistiu.
O policial militar Gedival de Souza Silva foi preso em flagrante e depois teve a prisão convertida para preventiva em uma audiência de custódia.
Por Lucas Melo — G1/AL