Morreu neste domingo (12) o ator Paulo César Pereio, aos 83 anos, um dos nomes históricos do cinema brasileiro.
Ele foi levado a um hospital do Rio de Janeiro nesta madrugada, em estado grave.
O ator e diretor tratava uma doença hepática em estágio avançado.
A informação da morte foi confirmada pelo também ator Stepan Nercessian, que administra o Retiro dos Artistas, onde Pereio morava desde 2020, por meio de uma publicação no Instagram.
Paulo César Pereio nasceu em Alegrete (RS), em 19 de outubro de 1940.
Ele atuou em mais de 60 filmes, além de ao menos uma dezena de novelas.
Foi casado por cerca de 15 anos com a atriz e apresentadora Cissa Guimarães, com quem teve dois filhos.
A atriz Zezé Motta publicou no “X” (ex-Twitter) uma mensagem de luto pela morte do ator.
O ator Tuca Andrada também lamentou a morte do ator e diretor.
Pereio vivia no Retiro dos Artistas, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, desde o início da pandemia de Covid-19.
Ícone da rebeldia
Pereio começou a carreira no cinema em 1964, no filme “Os Fuzis”, dirigido por Ruy Guerra.
No entanto, seu primeiro reconhecimento veio em 1975, no filme “As Aventuras Amorosas de um Padeiro”, pelo qual recebeu o Kikito de “Melhor Ator Coadjuvante” no Festival de Gramado.
Marcado em filmes de pornochanchada, o ator também foi um dos principais representantes do Cinema Novo, um movimento cinematográfico brasileiro que surgiu nos anos 1960 e que buscou criar um cinema mais realista e crítico em relação à sociedade brasileira.
Visto como rebelde, foi um defensor da liberdade de expressão e da crítica social.