O Ministério Público do Alagoas (MPAL) denunciou três pessoas pelo assassinato de Ana Clara Firmino da Silva, de 12 anos, ocorrido no último dia 3 de janeiro, na cidade de Maravilha, alto sertão de Alagoas.
Na denúncia, o promotor José Antônio Carlos Malta pede a condenação por feminicídio contra um menor de 14 anos, e pelo adolescente sobrevivente, tentativa de homicídio triplamente qualificado.
De acordo com notícia publicada na página eletrônica do Ministério Público, “consta nos autos a frieza dos envolvidos no crime ao simularem um assalto para o interessado em matar executar seu plano sem levantar suspeitas”.
“Ele era um rapaz que, segundo a denúncia, nutria interesse de se relacionar com a vítima fatal e teria se revoltado ao vê-la conversando na calçada de uma creche com o sobrevivente”, cita trecho do material.
Era a festa da padroeira da cidade quando dois casais de adolescentes, entre eles Ana Clara e a vítima de tentativa de feminicídio, na madrugada, decidiram se dirigir para as imediações de uma creche com o intuito de se conhecerem melhor.
Ainda conforme a denúncia, ambos estariam na calçada da creche, enquanto o casal de amigos na lateral quando, repentinamente, os quatro foram surpreendidos por um veículo na cor prata estacionando e dele saindo dois homens e uma mulher.
Enquanto um cometia o espancamento, os amigos deram ordem para o outro casal correr deixando na mira Ana Clara e o outro rapaz, dando total cobertura para que nada impedisse o assassinato.
A vítima que estava com Ana Clara ainda conseguiu esmurrar um deles e, apesar de ser atingido por um golpe de faca nas costas, conseguiu fugir.
Mas, a menina Ana Clara não teve como escapar.
Ana Clara morreu no local.
“Como demonstração de tremenda perversidade, os criminosos ainda deixaram a faca peixeira cravada em suas costas”, cita outro ponto da matéria publicada no portal do MP.
Os denunciados, segundo a denúncia, cometeram os crimes de feminicídio e a tentativa de homicídio.
Há depoimentos que revelam que o denunciado interessado em se relacionar com a menina tinha o costume de vigiar e persegui-la em festas e outros lugares públicos.
Após os crimes, os três acusados foram para suas casas residências “como se nada tivesse ocorrido”.