Mãe agride filha por não aceitar orientação sexual da adolescente

Vítima tem 13 anos, foi agredida com pedaço de borracha e resgatada após mandar imagens para uma prima; delegado solicitou medida protetiva
Marcas das agressões sofridas pela adolescente, que tem 13 anos e foi agredida com pedaço de borracha; delegado solicitou medida protetiva. (Foto: reprodução)

Uma adolescente de 13 anos foi resgatada pelo Conselho Tutelar e pela Polícia Militar, nesta terça-feira (11), em Barra de Santo Antônio, Litoral Norte de Alagoas, após ser agredida pela mãe.

O motivo da violência, segundo relatos, seria a não aceitação da orientação sexual da jovem.

A vítima sofreu agressões físicas provocadas por um pedaço de borracha.

O caso foi denunciado após a adolescente enviar uma foto para uma prima, mostrando as marcas das agressões.

A prima então avisou a tia da vítima, que tentou intervir, mas foi confrontada pela mãe da adolescente.

Segundo o depoimento da tia, a agressora disse que resolveria o assunto “da forma que bem entendesse” e pediu para que a irmã não se envolvesse.

O Conselho Tutelar foi acionado e solicitou apoio da Polícia Militar para verificar a denúncia.

Ao chegarem à residência, os policiais encontraram mãe e filha.

De início, a mulher negou as agressões, mas a vítima confirmou a violência e mostrou os ferimentos.

A adolescente também apontou o pedaço de borracha como o objeto usado na agressão.

De acordo com o relato da tia, a adolescente já vinha sofrendo agressões por parte da mãe devido à sua orientação sexual.

A escola onde a jovem estuda já havia identificado o problema e vinha tentando intermediar a situação.

No dia do episódio mais recente, a mãe teria se irritado ao ver a filha vestindo roupas mais largas e começou a questioná-la agressivamente.

Em seguida, iniciou as agressões físicas.

Na delegacia, a mulher admitiu a violência e afirmou estar arrependida.

Em seu depoimento, disse que “agiu por impulso” e que não costuma bater na filha.

Alegou também que sua intenção era protegê-la e que não repetirá o comportamento.

A adolescente foi encaminhada para acompanhamento do Conselho Tutelar, e a mãe responderá pelo crime de violência doméstica.

A delegada Maria Tereza Ramos concedeu medida protetiva em favor da adolescente com base na lei de amparo às vítimas menores de 18 anos.

Heliana Gonçalves — G1 / AL

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