Justiça Espanhola condena homem por ofensas racistas contra Vini Jr. e Rüdiger

Essa é a segunda condenação do tipo na história da Justiça espanhola – no caso do zagueiro alemão, agravante é que envolvia sua religião
Vinicius Jr. foi atacado nas redes sociais com comentários racistas: segundo caso de condenação por ofensas racistas. (Foto: reprodução / Real Madrid / divulgação)

O Real Madrid deu novas atualizações no caso de racismo que tinha o atacante Vinícius Júnior e o zagueiro Antonio Rüdiger como alvos.

Pela primeira vez, o processo judicial teve origem em ofensas discriminatórias feitas na internet.

Nesta quarta-feira (17), o clube divulgou uma nova vitória na Justiça.

Essa é a segunda decisão favorável ao clube espanhol.

De acordo com o clube merengue, a pessoa condenada, cujo nome não foi revelado, usava diferentes pseudônimos na versão digital do conhecido jornal espanhol Marca para fazer comentários negativos, ataques e até insultos racistas contra o jogador brasileiro e o alemão.

Ainda segundo o Real, o réu foi declarado culpado de dois crimes, contra a integridade moral de Vini Jr. e de Rüdiger, agravados por motivações racistas.

No caso do zagueiro, houve ainda um outro agravante, após alguns comentários envolverem sua religião.

O juiz responsável pelo caso decretou a prisão do condenado por um período de oito meses.

Ele também não poderá participar dos foros online do jornal por 20 meses.

A pena, contudo, ficou suspensa porque o réu aceitou participar de um programa de educação sobre igualdade e não discriminação.

Trata-se da segunda condenação aplicada pela Justiça espanhola em casos de racismo contra o atacante da seleção brasileira.

E o primeiro por comentários feitos de forma online.

Em junho, três espanhóis foram condenados a oito meses de prisão por ofensas racistas a Vini Jr.

Essa foi a primeira decisão do tipo na história da Justiça espanhola.

O trio havia sido julgado por ter proferido ataques ao brasileiro durante partida do Real Madrid contra o Valencia, pelo Campeonato Espanhol.

Os torcedores do Valência também foram proibidos de entrar em qualquer estádio do país pelo período de dois anos.

“O Real Madrid, que exerceu junto com Vinícius Júnior a acusação particular no procedimento, seguirá trabalhando para proteger os valores do nosso clube e erradicar qualquer comportamento racista no mundo do futebol e do esporte”, registrou o clube espanhol.

Itatiaia Esporte — com agências

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