Golpe do Pix: saiba como se defender durante o Carnaval

A festa é propícia a golpes financeiros, sobretudo via Pix, hoje principal sistema de transações e pagamentos do país
Carnaval de rua, quando acontecem problemas com celular: em dezembro, o governo federal lançou o aplicativo Celular Seguro, que permite cadastrar uma pessoa de confiança capaz de bloquear remotamente todas as funções do celular em caso de furto. (Foto: reprodução)

Cerca de 67,9 milhões de pessoas pretendem aproveitar o Carnaval de rua em 2024, de acordo com pesquisa do Instituto Locomotiva e do Question Pro.

Já o faturamento durante os dias de folia deve chegar a R$ 9 bilhões, superando, pela primeira vez, o nível pré-pandemia.

O gerente de Produtos da C&M Software, Wellington Silva, alerta que o cenário da festa é propício a golpes financeiros, sobretudo via Pix, principal sistema de transações e pagamentos do país.

Estudo diz que 42% dos usuários do Pix já sofreram tentativa de golpe

O gerente explica que quem usa o Pix pode começar a se precaver antes mesmo de sair para a folia.

“O usuário deve sempre se certificar de que seus dispositivos estão protegidos com antivírus e antimalware atualizados”, alerta Wellington.

“Antes de efetuar qualquer transferência, verifique minuciosamente as informações do destinatário; evite aceitar solicitações de dinheiro inesperadas; e nunca compartilhe informações pessoais, como senhas ou PINs”.

Caso desconfie que sofreu um golpe, o usuário deve registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil, contatar imediatamente a instituição financeira e buscar reaver o valor por meio do Mecanismo Especial de Devolução (MED).

“Antes de clicar em links ou fornecer qualquer informação, é essencial verificar a autenticidade do contato e garantir que seja realmente a instituição financeira. Em caso de suspeita de golpe, é recomendável entrar em contato imediatamente com a instituição financeira”, explica o gerente.

Entretanto, caso o aparelho celular seja roubado ou furtado, Wellington aconselha que o usuário aja rapidamente e limpe os dados remotamente por meio da conta Apple ou Google.

Em seguida, comunique a operadora para desativar o chip e bloquear a linha. Registre um boletim de ocorrência on-line e, com esse documento, bloqueie o IMEI do celular junto à operadora.

“Esteja atento a possíveis golpes, evitando fornecer dados sensíveis a contatos suspeitos”, destaca.

Em dezembro de 2023, o governo federal lançou o aplicativo Celular Seguro, que permite cadastrar uma pessoa de confiança capaz de bloquear remotamente todas as funções do celular em caso de furto, relembra Wellington.

Dicas para não sofrer um golpe via Pix

1) Dados e senhas: ao utilizar o aparelho celular, principalmente para acessar uma instituição bancária, esteja atento para que ninguém olhe seus dados e senhas;

2) Ligações: evitar atender qualquer central de atendimento quando estiver festejando, pois, se não dada a devida atenção, poderá ceder dados ou até realizar ações que facilitem ou efetivem a aplicação de golpes;

3) Camadas de segurança: ative todas as camadas de segurança possíveis — biometria, reconhecimento facial, senhas, dupla validação, entre outros; e

4) QRCodes: tome cuidado com quem está recebendo o Pix e com os QRCodes apresentados, pois estes podem conter uma quantia já definida e, numa possível falta de atenção, o usuário realizará um pagamento num valor muito superior ao do produto.

Madu Toledo

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