A Polícia indiciou a mulher acusada de exercício ilegal da profissão de médica veterinária.
O caso chegou ao conhecimento das autoridades depois que a tutora de uma gata entregou o animal para um procedimento de castração e o felino morreu.
O indiciamento se deu nessa terça-feira (23) e a responsável, que não teve o nome revelado, foi indiciada por maus tratos.
“Eu entreguei a minha gata bem, viva e não a vi mais”, lamenta a dona de casa Christiane Duarte, tutora da gata Mary que morreu no dia 19 de janeiro após ser levada para uma cirurgia de castração em Maceió.
Em entrevista ao G1/AL (responsável por esta reportagem), nesta quarta (24), Christiane contou que conheceu a falsa veterinária através de uma vizinha e que ela cobrou R$ 100 pelo procedimento de castração, com direito a buscar e devolver o animal na casa da tutora sem qualquer custo adicional.
“Eu achei estranho porque queria conhecer o local, mas ela insistiu que vinha buscar”.
“Como minha vizinha já tinha feito [procedimento do seu pet com ela], eu confiei a minha gatinha”.
“Ela veio no dia 19 de janeiro com um homem, que desceu, pegou minha gata e colocou no carro; foi a última vez que vi minha gata”, disse a tutora.
O nome da falsa médica veterinária não foi divulgado.
A polícia informou que, ao prestar depoimento, ela alegou ter adquirido alguns conhecimentos na área após trabalhar como auxiliar de veterinário.
O G1/AL tentou contato com a defesa da mulher indiciada, mas não tinha conseguido até a última atualização desta reportagem.
A tutora disse que a veterinária pegou o animal às 5h40 e se comprometeu a devolvê-lo entre 17h e 18h.
Mas, quando se aproximou do horário combinado, a mulher ligou e informou que a gata estava morrendo.
“Ela disse que minha gata estava morrendo, que minha gata estava tendo uma parada cardíaca e estava com as patas duras. Ela disse que ia ter que enterrar o animal e o homem [que faria o serviço] cobrava R$ 70”, lembrou Christiane.
A mulher disse ainda que não foi autorizada a ir resgatar o corpo, não recebeu nenhuma foto da gata morta nem do local onde o animal teria sido enterrado.
A desconfiança sobre a profissional surgiu somente depois, por um detalhe na prescrição de um remédio que Christiane deveria comprar para a gata tomar após a castração.
“Ela era saudável, não tinha doença, só ia ser cadastrada. Depois comecei a juntar as coisas, porque ela me mandou uma receita do medicamento que minha gata iria tomar após cirurgia, mas não tinha carimbo”, disse a tutora da gata Mary.
Mesmo contra a vontade das vizinhas, ela procurou a delegacia e abriu um Boletim de Ocorrência.
A mulher foi localizada no Benedito Bentes, levada para prestar esclarecimentos e liberada.
Não foi informado onde as cirurgias nos animais eram realizadas.
Com informações de Michelle Farias — G1/AL