Condenados dois irmãos acusados pela morte do auditor; outro irmão e a mãe absolvidos

Um quinto réu, não integrante da família, também foi condenado; penas dos que receberam veredito de culpados passam de 41 anos
Marta Magalhães Pinto, viúva do auditor fiscal da Receita Estadual, João de Assis Pinto Neto, durante julgamento de réus denunciados por matar o servidor. (Foto: reprodução / Anderson Macena / MP-AL)

Dois dos cinco réus julgados pela morte do auditor fiscal João de Assis Pinto Neto, cometida em 2022, foram absolvidos, ao término da sessão do tribunal do júri, já no final da noite desta sexta-feira (1º).

Foram inocentados João Marcos Gomes Araújo e Maria Selma Gomes Meira.

Ela é mãe de João Marcos e de Ronaldo e Ricardo Gomes de Araújo, autores do crime e que foram condenados.

Todos eram os responsáveis por um mercadinho que estava sendo investigado pelo auditor assassinado.

Ronaldo foi condenado a 41 anos e 23 dias de reclusão e Ricardo, a 41 anos, 10 meses e 15 dias.

Também foi condenado Vinicius Ricardo de Araújo Silva, funcionário do mercadinho.

Ele confessou ter participado da ocultação do cadáver, mas negou envolvimento no assassinato.

Vinicius foi condenado a 40 anos e 11 meses de prisão.

Ele é o único não integrante da família envolvida no crime.

João Marcos Gomes Araújo, primeiro a ser preso: confessou que presenciou o assassinato, mas não fez nada para impedir porque, segundo seu advogado, teria ficado muito assustado.

Ronaldo Gomes de Araújo, segundo a ser preso, irmão de João e Ricardo: confessou à polícia que cometeu o assassinato e acusou a vítima de tentar extorqui-lo durante uma fiscalização ao mercadinho dele.

Ricardo Gomes de Araújo, terceiro a ser preso, irmão de Ronaldo e João: segundo a polícia, imagens de câmeras de segurança mostram que ele deixou o estabelecimento da família dirigindo o carro da Secretaria da Fazenda (Sefaz) e parou em um posto de combustíveis para comprar gasolina, possivelmente usada para colocar fogo no corpo de Assis.

Testemunhas que foram ouvidas confirmaram esses fatos.

O total do tempo de pena aplicado pela Justiça é resultado da soma dos crimes dos quais os réus eram acusados – para cada um em que foram enquadrados, havia um tempo de pena específico.

São os chamados crimes conexos ao de homicídio, o de maior gravidade – e pelo qual pegaram as maiores penas: Ronaldo Gomes, 37 anos e 4 meses; Ricardo Gomes, 40 anos de reclusão, e Vinicius Ricardo de Araujo, 37 anos e 4 meses reclusão.

Todos para cumprimento em regime fechado.

Também foram denunciados e condenados pelo crime de ocultação de cadáver, pelo qual pegaram as seguintes penas: Ronaldo, um ano e oito meses; Ricardo, um ano e nove meses, e Vinicius, um ano e 5 meses.

Pelo crime de corrupção de menores, Ronaldo, Ricardo e Vinícius foram condenados a 2 anos, um mês e 15 dias.

Por fraude processual, apenas Ricardo foi condenado: a 2 anos e 18 dias.

Com informações ASCOM / MP

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