Vítima e réu viviam em situação de rua, aparentemente amigos, mas no dia 28 de julho de 2022, na Avenida Walter Ananias, bairro do Jaraguá, em Maceió, Renata Bonfim foi brutalmente assassinada – com 20 golpes de faca peixeira – por Givanildo da Silva Lima.
O assassino foi a júri popular na última quinta-feira (31) e, conforme pedido da acusação, feita pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), acabou sendo condenado a 17 anos por feminicídio qualificado, em regime inicialmente fechado.
“Atuamos requerendo a aplicação do rigor da lei, uma vez que o assassinato foi bárbaro”, disse o representante do MP, promotor de Justiça Rodrigo Lavor.
“Reforçando, também, que o MPAL estará sempre em defesa das vidas e contra qualquer violência sofrida pelas mulheres”, declarou o promotor, em plenário.
Ele ressalta que “o caso teve grande repercussão na imprensa local, à época, dada a extrema crueldade do homicídio, que evidencia a urgência de políticas públicas para proteção de populações em situação de vulnerabilidade”.
Segundo o processo, no dia anterior ao crime, vítima e acusado foram vistos bebendo com outras pessoas em situação de rua na Praça Dois Leões.
Após um desentendimento entre eles e outros dois indivíduos não identificados, Renata foi vista pela última vez caminhando em direção à estação ferroviária do bairro, na companhia de Givanildo, não mais retornando.
O corpo da vítima foi localizado nas primeiras horas da manhã seguinte, com evidentes sinais de violência pelas múltiplas perfurações por arma branca.
Diante das provas colhidas — inclusive testemunhos e laudos fotográficos —, o Ministério Público sustentou a acusação, requerendo a devida responsabilização penal do réu.
Entre as provas havia imagens de Givanildo com a camisa molhada de sangue, para o qual o réu deu várias versões.
Uma delas que não se tratava de sangue, mas que teria se sujado com açaí.
Noutra, que havia se cortado com vidro quando tentava cortar uma pedra de crack.
Notícias MPAL


