Com o uso de fogos com estampido nas comemorações de final de ano, há um aumento nas ocorrências de animais que fogem assustados, se ferem ou até morrem por medo e estresse provocados pelo barulho.
A Assembleia Legislativa de Alagoas aprovou projeto com o objetivo de proibir a fabricação, venda e uso de fogos de artifício que provoquem estampido e no Congresso, pelo menos três propostas, além de outras, de iniciativa popular, com o mesmo objetivo.
Mas, no Estado a medida, que já é lei, prevê dois anos para que o setor se adaptar, até que entre em prática a fiscalização.
E na Câmara dos Deputados e Senado, as propostas que deveriam ser analisadas este ano, acabaram, na prática, ficando para 2024 – ou seja, pelo menos no próximo dia 1º, tutores de pets ainda vão se deparar com o problema.
Por isso, a importância da lista de orientações elaborada pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) e repassada, aqui, pelo Conselho Regional de Alagoas.
Adestradores de cães, porém, explicam o que para muitos tutores pode parecer uma curiosidade, mas, é algo tão afeito à espécie quanto demonstrar certos comportamentos, independentemente da raça: por serem animais de grupo, os cães tendem a se pautar pelas atitudes desse grupo – mas, em vez da matilha ancestral, uma família urbana atual.
Por isso – ensinam –, ao ouvir os estampidos, no lugar de acolher ou afagar o animal, portar-se de modo altivo e tranquilo, passando sentimento de segurança e tranquilidade.
Segundo os especialistas, acolher o animal no colo, por exemplo, vai passar a ideia de que o tutor (para o animal, seu “líder do grupo”) também está com medo, reforçando esse sentimento para o animal.
Porém, há uma série de outras situações (em que o tutor não está em casa, por exemplo), bem como de outras espécies de animais domésticos.
Se o seu município permite soltar fogos com estampidos, fique atento às dicas do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), que podem ajudar os responsáveis a reduzir os impactos negativos dos fogos nos seus animais.
- Mantenha seu animal identificado. Se ele fugir, tem maior chance de ser encontrado. Registre seu número de telefone e e-mail na coleira do animal. Pode bordar, colocar plaquinhas gravadas, microchip e até mesmo escrever à mão, em fitas de tecido.
- Deixe seu pet ficar perto de você, pois sua presença é reconfortante em momentos de tensão.
- Prepare o ambiente e acostume seu animal a um espaço fechado, que abafe o som dos fogos. Pode ser um quarto, a lavanderia ou a garagem. Não deixe seu pet em sacadas, perto de piscinas ou em correntes.
- Coloque música e use essências relaxantes no ambiente. Pergunte ao médico-veterinário de sua confiança sobre feromônios que reduzem o estresse.
- Prepare um espaço tipo “toca” para seu cão ou gato. No caso de cães, pode ser embaixo de camas ou caixas de transporte. Gatos geralmente gostam de se refugiar em locais altos, como sobre armários, prateleiras e nichos. Coloque nesta “toca” objetos com o seu cheiro, especialmente se ele não estiver na sua companhia.
- Não devemos deixar ração à vontade para os cães. Se você o alimenta duas vezes por dia, faça isso pela manhã normalmente e prepare brinquedos recheáveis com as comidas preferidas dele para fornecer próximo da hora de maior intensidade dos fogos. O objetivo é que ele esteja motivado a se entreter com os brinquedos e fique menos preocupado com o barulho.
- Dessensibilize seu pet. Existem técnicas de treinamento para fazer com que cães e gatos sofram menos com o barulho de fogos.