Começa julgamento de réu que matou a ex-mulher com 32 facadas – 30 foram no rosto

Arnobio Cavalcante não aceitava o fim do relacionamento com Joana Mendes vai a júri popular; “ela não teve chance de defesa”, diz família
Arnobio e ex-mulher, morta com 32 facadas – sendo trinta no rosto; corpo foi abandonado em carro, “para sangrar até morrer”, dizem familiares. (Foto: reprodução)

Começou nesta segunda-feira (1º) o júri popular do homem que matou a ex-mulher, Joana Mendes, com 32 facadas, sendo 30 delas no rosto, em Maceió.

O crime ocorreu em 2016 e o réu, que confessou o crime, está preso.

O julgamento chegou a ser adiado duas vezes em datas anteriores.

“O caso é complexo diante das circunstâncias do crime. Foram arroladas 16 declarantes, entre eles o réu”.

“Se as oitivas não forem demoradas, devemos continuar o julgamento até a madrugada e na manhã de terça, a sentença deve ser lida”, disse o juiz Yulli Rotter, que presidirá o júri.

O julgamento deve durar dois dias.

A família de Joana espera que o réu seja condenado a pena máxima.

“Depois de ser adiado por duas vezes, nós esperamos que a condenação máxima seja aplicada”.

“Ele deu 32 facadas na minha irmã, ela não teve chance de defesa”.

“Depois ele abandonou ela sozinha e ela sangrou até a morte.”, afirma Julia Mendes.

Arnóbio Cavalcante foi preso após se apresentar na delegacia de Atalaia, interior do estado, devido ao mandado judicial que tinha contra ele.

“A relação entre eles sempre foi abusiva”.

“Era ela violento, ele conseguiu tirar a minha irmã do convívio social, dos amigos, da atividade física e do seio familiar”.

“Até hoje sofremos com essa perda”, disse Julia.

Corpo de Joana foi encontrado dentro de carro abandonado

O crime aconteceu no Conjunto Santo Eduardo, no bairro do Poço.

Joana de Oliveira Mendes foi encontrada morta dentro de um carro.

O corpo estava no banco do passageiro do veículo que foi abandonado em uma rua de pouco movimento.

Na época, a defesa do acusado disse que ele confessou que matou a ex-esposa, mas não se lembrava dos detalhes.

Várias testemunhas foram ouvidas ao longo do processo e afirmaram que o réu era violento.

O casal estava em processo de divórcio e ele não aceitava o fim do relacionamento.

Consta nos autos que o acusado marcou um encontro com a vítima para conversar sobre um acordo de pensão para o filho menor, então com apenas dois anos de idade.

Logo após o crime, Arnóbio teve a prisão preventiva decretada.

Em junho de 2021, a defesa conseguiu uma revogação preventiva para que ele aguardasse o julgamento em liberdade, sob medidas cautelares.

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