O Instituto de Meio Ambiente (IMA) deverá fazer análise do impacto provocado, na sua área de atuação, pelo colapso da mina 18, no início da tarde deste domingo (10).
Determinação para isso foi anunciada pelo governador Paulo Dantas (MDB), em pronunciamento postado em seu perfil em rede social, no início da noite.
“O Estado acompanha o colapso da mina 18, na tarde deste domingo”, diz texto que acompanha a postagem.
“Amanhã [nesta segunda-feira, 11/12], teremos uma reunião conjunta entre Governo do Estado, os nove municípios da Região Metropolitana de Maceió e governo federal”, acrescenta o texto.
No pronunciamento, Dantas acrescenta que, após dimensionado o impacto ambiental, a Braskem será informada, para que “pague todo o seu passivo com o povo de Maceió e o povo de Alagoas”.
A Agência Alagoas, responsável pelas informações relativas ao Estado, publicou que o setor turístico já teria começado a sentir os efeitos das informações recentes divulgadas na mídia nacional sobre os riscos geológicos numa parte da capital, mas, não informou números referentes à suposta queda – atribuída à desinformação.
Segundo a Agência, o setor, que começava a se recuperar da retração causada pela pandemia, emprega 20 mil pessoas de forma direta e gera outros 60 mil empregos indiretos.
Parque
No pronunciamento, o governador Paulo Dantas disse ainda que as vítimas foram convidadas para a reunião desta segunda, quando deverão estar presentes à audiência no Palácio República dos Palmares representantes de moradores e comerciantes dos “bairros perversamente afetados” – segundo o governador.
Esses segmentos, das comunidades do Mutange, Pinheiro, Bom Parto, Bebedouro e Farol, de acordo com o chefe do Executivo estadual, devem ser indenizados de forma justa.
Moradores das comunidades do Flexal de Baixo, Flexal de Cima e da vizinhança da rua Marquês de Abrantes também reivindicam inclusão no rol dos afetados.
Outra medida anunciada no pronunciamento é a desapropriação da área já adquirida pela Braskem, que comprou os imóveis desses bairros.
Após a desapropriação, será implantado um parque “em memória aos moradores” que tiveram suas vidas afetadas, pela retirada e remoção para outros bairros.