Os cinco policiais militares acusados de sequestrar e matar o pedreiro Jonas Seixas foram absolvidos pelo júri.
O resultado do julgamento saiu na madrugada desta quinta-feira (14).
O Conselho de Sentença entendeu que não havia provas suficientes que indicassem o envolvimento dos policiais no desaparecimento da vítima.
O Ministério Público não informou se cabe recurso da decisão.
Ao G1 (responsável por esta reportagem), o advogado da família de Jonas disse que o resultado foi recebido com tristeza.
“Lutamos desde o início em busca da condenação dos culpados pelo desaparecimento da vítima”, disse Arthur Lira.
Os militares comemoraram o resultado, fizeram gestos de vitória ao deixar a sala e foram aplaudidos por parentes e colegas de farda.
Além dos réus, 11 testemunhas foram ouvidas.
O depoimento dos militares aconteceu no período da tarde.
Eles negaram o crime e deram suas versões sobre o que ocorreu no dia do desaparecimento de Jonas Seixas, em outubro de 2020.
Um deles disse que teriam simulado a prisão para que a vítima não ficasse na mira de traficantes da Grota do Cigano.
O pedreiro foi colocado dentro de uma viatura e nunca mais foi visto.
À época do desaparecimento, a mãe dele, Claudineide Seixas, contou que três policiais vasculharam a casa do filho informando que estavam cumprindo mandados de prisão, busca e apreensão, mas, segundo ela, o documento não foi mostrado.
A família denunciou o desaparecimento e uma comissão de delegados foi nomeada para investigar o caso.
Um ano depois, os cinco policiais foram presos por homicídio e ocultação do cadáver.
Desde o desaparecimento, os policiais investigados sustentam a versão de que levaram Jonas para uma averiguação, mas o liberaram com vida no bairro de Jacarecica.
O corpo da vítima nunca foi encontrado.