Caso Jonas: cinco PMs são julgados por sequestro e morte do pedreiro

Jonas Seixas desapareceu após abordagem policial em outubro de 2020; além dos réus, serão ouvidas 11 testemunhas
Jonas Seixas desapareceu no dia 9 de outubro após abordagem policial no bairro do Jacintinho, em Maceió; julgamento de réus começou nesta quarta-feira (13). (Foto: reprodução / arquivo pessoal)

Começou nesta quarta-feira (13) o julgamento de cinco policiais militares acusados de sequestrar e matar o pedreiro Jonas Seixas.

O julgamento acontece no Fórum de Maceió, no Barro Duro.

A primeira pessoa a ser ouvida foi a esposa da vítima.

Jonas desapareceu em outubro de 2020 após uma abordagem policial, no Jacintinho.

Além dos réus, 11 testemunhas serão ouvidas, segundo o juiz Yulli Roter.

Com isso, a expectativa é que o julgamento só termine na noite de quinta-feira (14).

“Vai ser um julgamento complexo, até em função da quantidade de acusados”.

“Nós temos cinco acusados e a oitiva de testemunhas que são 11 a serem ouvidas, com um total de 16 pessoas”.

“A previsão é de continuarmos amanhã, com os debates, por volta das 8 horas da noite”, explicou o magistrado.

À época do desaparecimento, a mãe de Jonas, Claudineide Seixas, contou que três policiais vasculharam a casa do filho informando que estavam cumprindo mandados de prisão, busca e apreensão, mas, segundo ela, o documento não foi mostrado.

Jonas não estava em casa e ela disse que nada foi encontrado dentro da residência.

Quando os policiais já estavam indo embora encontraram o servente de pedreiro chegando em casa.

Ele foi abordado, colocado dentro da viatura e nunca mais foi visto.

Uma comissão de delegados foi nomeada para investigar o caso.

Um ano depois, cinco policiais foram presos por homicídio e ocultação do cadáver.

Desde o desaparecimento, os policiais investigados sustentam a versão de que levaram Jonas para uma averiguação, mas o liberaram com vida no bairro de Jacarecica.

O corpo da vítima nunca foi encontrado.

Em 2022 o juiz Filipe Ferreira Munguba, da 7ª Vara Criminal da Capital, decidiu que os militares seriam submetidos a júri popular e manteve a prisão preventiva dos envolvidos.

Os réus também foram indiciados pela Corregedoria da Polícia Militar pelos crimes de sequestro, tortura, homicídio e ocultação do cadáver, mesmos crimes apontados pela Polícia Civil.

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