A mulher baleada pelo ex-marido militar em Arapiraca tentava na Justiça formalizar a separação.
A data da audiência, porém, só foi marcada no dia seguinte ao crime, como consta na movimentação processual atualizada nesta segunda-feira (08).
O cabo Moisés da Silva Santos, de 31 anos, cometeu suicídio após matar um colega de farda a tiros e balear a ex-companheira, que continua internada em estado grave.
O crime aconteceu na tarde de sexta-feira (05).
No mesmo dia, o processo de Reconhecimento e Extinção de União Estável foi distribuído por sorteio na 10ª Vara de Arapiraca.
No sábado (06), o juiz André Gêda Peixoto Melo decidiu que a audiência deveria acontecer dentro de um mês, no dia 9 de maio.
“Cite-se o requerido, alertando-o que a ausência na referida audiência ou ainda a falta de acordo iniciará automaticamente a contagem do prazo de 15 (quinze) dias para a apresentação de contestação, sob pena de REVELIA”, diz trecho da decisão do magistrado.
O G1 (responsável por esta matéria) entrou em contato com o Tribunal de Justiça para saber sobre o tempo do trâmite processual e a movimentação apenas após o crime, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
O cabo Moisés já respondia na Justiça pelos crimes de descumprimento de medida protetiva e de ameaça contra a ex-mulher.
A Polícia Civil já iniciou a investigação do crime.
Os celulares dos PMs, do soldado assassinado e do cabo, bem como o da mulher baleada vão ser analisados.
Também serão analisadas as imagens de câmeras de segurança e ouvidas testemunhas; trabalho que está previsto para transcorrer a partir dessa semana.
Antes de atirar na ex-companheira, o cabo Moisés matou a tiros o seu colega de farda, o soldado Eudson Felipe Moura, de 24 anos.
Eudson foi assassinado quando tentava impedir o colega de entrar em casa e atirar na ex-mulher.
Uma câmera de segurança flagrou o momento em que a mulher correu pela rua após ser baleada.