Depois de ver a mãe ser assassinada pelo namorado e esconder o corpo dela em uma geladeira, a adolescente de 13 anos, apreendida nesta terça-feira (05), limpou a cena do crime e foi dormir com o assassino, que está foragido, na casa em que eles estavam montando para morar juntos em Maceió.
A informação é da Polícia Civil.
Em depoimento à polícia, a adolescente disse que a mãe foi morta por não concordar com o relacionamento com um homem de 22 anos e por tentar impedir que o casal morasse junto.
O assassinato aconteceu na sexta-feira (1º), na casa onde mãe e filha moravam, no Jacintinho, após uma discussão por causa da mudança.
A filha contou em depoimento que a mãe foi esfaqueada pelo namorado.
Disse também que após o assassinato, os dois limparam todo o rastro de sangue e depois foram dormir na casa que eles estavam mobiliando no bairro do Benedito Bentes. Enquanto isso, o corpo da vítima foi mantido na geladeira por quatro dias na casa em que ela foi assassinada.
O cadáver da vítima, de 43 anos, só foi descoberto na manhã desta terça (05), depois que um homem que trabalha com serviço de frete foi contratado para levar uma geladeira lacrada com fita adesiva.
O motorista do frete disse à polícia que tinha sido chamado antes para levar os móveis para a casa do casal no Benedito Bentes, e retornou no dia seguinte para pegar a geladeira no Jacintinho e levar para outro endereço no mesmo bairro para onde o casal estava se mudando.
Esse segundo frete foi acompanhado pelo pai do suspeito, que segundo o motorista, simulou que tentava procurar o suposto destino da geladeira e, depois de um tempo, desistiu e orientou o motorista que jogasse o eletrodoméstico fora, em uma área de mata.
O motorista fez o descarte em Guaxuma, mas desconfiou porque a geladeira estava seminova e lacrada com fita adesiva, então acionou a polícia.
Quando os policiais chegaram, abriram a geladeira e viram que havia o corpo de uma mulher enrolado em um lençol.
O pai do suspeito foi preso como cúmplice na ocultação do cadáver, mas sem participação direta no homicídio.
Vivi Leão — G1/AL