Acusado de matar esposa a facadas, em Maceió, é julgado nesta terça-feira

Advogada Maria Aparecida da Silva Bezerra foi morta a facadas dentro de casa pelo marido Alison José Bezerra da Silva
Advogada Maria Aparecida foi morta a facadas pelo marido Alison Bezerra no Antares, em Maceió, em julho de 2022. (Foto: reprodução / arquivo pessoal)

O júri popular de Alison José Bezerra da Silva, acusado de ter matado a advogada Maria Aparecida da Silva Bezerra, no bairro do Antares, em Maceió, acontece nesta terça-feira (6).

O julgamento vai ser conduzido pelo juiz Yulli Roter, no Fórum da Capital.

Alison Bezerra matou a esposa Maria Aparecida com 14 facadas, na manhã de 21 de julho de 2022, na casa da família no loteamento Casa Forte, no bairro do Antares.

Ele é acusado de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e feminicídio).

Segundo denúncia do Ministério Público Estadual (MP-AL), o casal tinha um relacionamento conturbado e Alison Bezerra tinha ciúme excessivo da esposa, por isso mantinha um sistema de câmeras em casa para monitorá-la constantemente.

Ao ser interrogado, o réu confirmou ter matado a mulher, mas disse que não se lembrava como.

Afirmou ainda que as câmeras foram instaladas em casa não para vigiar a esposa, mas para monitorar os filhos.

Alison Bezerra tentou tirar a própria vida após ter matado a esposa.

Ele teve um ferimento no pescoço, se recuperou e foi preso após receber alta. Os dois filhos do casal estavam na escola no momento do crime.

“Um monstro”, diz irmã da vítima

Cleonice das Dores Silva era irmã de Maria Aparecida. Ela afirmou que Alison Bezerra tinha comportamento agressivo dentro de casa.

“Em 2014, 2015, ele bateu nela”.

“Ela chamou a polícia, me chamou para pegar as crianças, eu fui, porque a polícia chegaria e ela não queria que as crianças vissem a polícia levando ele”.

“Muito agressivo com as crianças em casa também. Dentro de casa ele realmente era um monstro”, disse.

Cleonice tenta lidar com a saudada da irmã.

“Uma mãe excelente. Uma ótima esposa. Uma pessoa que se dedicava muito em ajudar as pessoas”.

“Dizia que estava comigo”, diz a filha da vítima

Ana Beatriz Bezerra da Silva estava na escola quando o pai matou a mãe.

Desde então, ela contou com a ajuda da família para lidar com a perda.

“Ela me aconselhava”.

“Dizia que estava comigo, que eu não precisava enfrentar nada sozinha”.

“Nos pequenos detalhes eu lembro dela”, disse.

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