Uma operação contra crimes cometidos por torcidas organizadas prendeu 12 integrantes de torcidas do CSA e do CRB na manhã desta terça-feira (19), em Maceió. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a ação, denominada Red Blue, era para cumprir 32 mandados judiciais.
Foram 15 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão. A operação começou com um trabalho investigativo iniciado há um ano, após crimes cometidos por integrantes da Mancha Azul e da Comando Alvi-Rubro.
Operação cumpre mandados de prisão e de busca em torcidas organizadas em Maceió
O esquadrão antibombas do Batalhão de Operações Especiais da Polícia (Bope) participou da operação e fez buscas por artefatos de bombas caseiras.
Policiais estiveram nas sedes e também nas casas de alguns dirigentes das organizadas. Foram apreendidos pastas com documentos e aparelhos eletrônicos. O G1 (responsável por esta reportagem) tenta contato com representantes dessas torcidas.
Retrato da violência
Vários casos de violência foram registrados esse ano envolvendo integrantes de torcidas organizadas. Em maio, um torcedor do CSA foi assassinado depois de ser agredido com uma barra de ferro.
Três meses depois, um torcedor do CRB foi espancado a pauladas em uma rua da Jatiúca. Ele vestia a camisa do clube quando foi atacado por membros da organizada do time rival.
No mês seguinte, torcedores do CSA comemoravam aniversário de 110 anos do clube quando sofreram atentado na Cidade Universitária. Os torcedores foram baleados e tiveram que ser levados para o Hospital Geral do Estado (HGE).
Segundo a polícia, os integrantes das organizadas também foram responsáveis pelos ataques com bombas caseiras em 2022, onde duas pessoas tiveram mãos amputadas em menos de duas semanas.