A Bienal do Livro do Rio de Janeiro começa nesta sexta-feira (13) com destaque para a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, que vai participar de uma entrevista mediada pela atriz Taís Araújo, às 19h, no palco Apoteose.
O evento ocorre no Riocentro, Zona Oeste da cidade, entre 13 e 22 de junho, e espera receber mais de 600 mil pessoas.
Chimamanda Ngozi Adichie vai falar sobre a própria trajetória, temas e lutas que movem sua escrita, e sobre os oito livros publicados.
Todos já contam com tradução para o português: Hibisco roxo, Meio sol amarelo, Americanah, A contagem dos sonhos, No seu pescoço, Sejamos todos feministas, Para educar crianças feministas, Notas sobre o luto e O lenço de cetim da mamãe, escrito como Nwa Grace-James.
Outros destaques internacionais são a britânica Cara Hunter, autora de livros policiais, a canadense Brynne Weaver, que escreve sobre romances paranormais e de fantasia, o estadunidense G. T. Karber, do estilo de romances de mistério e assassinatos, e a também estadunidense Lynn Painter, autora de comédias românticas.
Os destaques nacionais são Jeferson Tenório, autor de Estela sem Deus e O avesso da pele, Raphael Montes, que escreveu Bom Dia, Verônica e Uma Mulher No Escuro; Aline Bei, autora de O peso do pássaro morto e Pequena Coreografia do Adeus, e Ana Claudia Quintana, dos livros Linhas pares e A morte é um dia que vale a pena viver.
No site do evento, é possível ver a programação completa e comprar os ingressos.
Os valores são de R$ 42 (inteira) e R$ 21 (meia).
Professores e bibliotecários têm acesso gratuito/desconto, com a apresentação da carteira profissional.
Campanha de arrecadação
O evento no Riocentro terá uma iniciativa social para incentivar a leitura e a cidadania.
O público poderá participar de uma campanha de arrecadação de livros, que serão destinados a bibliotecas comunitárias de comunidades do Rio de Janeiro. A coordenação é da ONG Favelivro.
Os livros devem estar em bom estado, e focar na literatura infantojuvenil, clássicos da literatura brasileira e mundial, ou estimular o pensamento crítico.
“A gente acredita que todo mundo tem direito ao encantamento da leitura. Levar livros para as comunidades é mais do que distribuir conhecimento”.
“É criar possibilidades”.
“Quando começamos, muitos diziam que biblioteca em favela não daria certo, que ninguém leria”.
“Mas é justamente o contrário: vemos crianças pegando um livro pela primeira vez, com brilho nos olhos”, disse a fundadora da Favelivro Verônica Marcílio.
Aplicativo oficial
O público também contará com o aplicativo oficial do evento, com um guia da Bienal do Livro Rio 2025.
A ideia é oferecer uma conexão contínua entre o festival e os frequentadores.
Lá, podem ser acessados a agenda, mapa e biblioteca virtual, além de notificações em tempo real sobre o evento.
Segundo os organizadores da Bienal, a base de usuários cadastradas já ultrapassa 20 mil pessoas.
Além das informações sobre o evento, há possibilidade de acessar conteúdos exclusivos e experiências relacionadas ao universo literário em geral. São 106.752 livros na biblioteca, 9.933 programações na agenda e 571 resenhas cadastradas.
Rafael Cardoso — repórter da Agência Brasil; edição: Vinicius Lisboa