Assassino de mãe e filha confessa crime, mas diz não “lembra de nada”

Iara Vicente e a filha, Hillary, de quase 2 anos, mortas em casa – próximo ao corpo dela havia uma faca e uma tesoura
Mãe e filha foram brutalmente assassinadas: autor confesso disse ainda que teria sofrido um “apagão”; o corpo da criança, que tinha menos de dois anos, foi encontrado num sofá, ao lado de uma faca de cozinha e uma tesoura – testemunha contou que o assassino teria ligado para o pai da menina, que mora em São Paulo, logo após o crime, dizendo que estava com uma criança morta nos braços. (Foto: reprodução / TV Gazeta)

O acusado pela autoria do assassinato de mãe e filha a facadas confessou o crime, segundo a polícia.

A criança tinha menos de dois anos.

O acusado, de 35 anos, disse que sofreu “um apagão” e não lembra como matou as vítimas: Iara Vicente da Silva, de 28 anos, e filha dela, Hillary Janiele Vicente da Silva, de pouco menos de 2 anos.

O assassinato aconteceu neste domingo (25) no bairro do Tabuleiro dos Martins, em Maceió.

O acusado foi localizado e preso horas após as mortes.

O casal se relacionava há cerca de 4 meses e morava junto com a filha e Iara, que completaria 2 anos no dia 29 de junho.

O homem disse à polícia que teria visto mensagens no WhatsApp da mulher enviadas pelo ex-esposo dela.

“Não estou aqui pra mentir, eu vou pagar”.

“A gente estava bebendo e usando droga”.

“E chegou uma hora que eu lembro que ela estava falando com alguém. Eu peguei umas conversas dela com o ex-esposo”, disse o acusado, em vídeo gravado logo após ser preso.

O autor confesso disse ainda que teria sofrido um apagão e não lembra detalhes de como cometeu o crime.

“Eu só lembro que eu empurrei ela”, relatou.

“Aí depois já vi aquela coisa feia, o sangue”.

“E essa minha mão direita estava dentro da boca dela”, disse.

O crime aconteceu na casa onde as vítimas moravam, na região conhecida como Campo da Cerâmica, no Tabuleiro dos Martins.

O corpo da criança foi encontrado no sofá.

Ao lado havia uma faca de cozinha e uma tesoura.

Já o corpo da mãe estava no quarto, em cima da cama.

Havia marcas de sangue na parede e em outros locais, o que leva a crer que a vítima tentou reagir.

Uma outra testemunha relatou que o assassino teria ligado para o pai, que mora em São Paulo, logo após o crime, dizendo que estava com uma criança morta nos braços.

Cenário de terror

Vizinhos disseram que por volta das 4h30 barulhos que pareciam pancadas e gritos de socorro.

Mas logo em seguida, os barulhos cessaram.

A irmã de Iara disse que estava indo até a feira quando uma vizinha pediu para que ela fosse até a casa da irmã alegando que estava mandando mensagens e Iara não estava respondendo.

Quando ela chegou no local já havia muita gente nos arredores.

A casa estava fechada, mas a irmã tinha a chave.

Ela entrou e encontrou os corpos.

Após cometer o crime, o assassino lavou as mãos no banheiro e fugiu, levando pertences pessoais e outros objetos da casa.

Os peritos encontraram no imóvel duas facas, uma tesoura e uma chave de fenda usadas para matar mãe e filha.

Iara foi assassinada com 8 perfurações na região do pescoço e da cabeça, e apresentava uma lesão na mão, o que indica que ela tentou se defender.

O corpo dela estava em cima da cama e havia muitas marcas de sangue no quarto. Hillary tinha ferimentos na região do pescoço e estava no sofá da sala.

Segundo o levantamento feito pela Polícia Civil, o homem já tem passagem e responde por violência doméstica e ameaça.

Após a prisão em flagrante, ele foi levado para a Delegacia de Homicídio (DHPP) onde foi ouvido, confessou o crime e está à disposição da Justiça.

Heliana Gonçalves — G1 / AL

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