A Polícia Civil, durante entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (28), confirmou que a menina Anna Cecillya dos Santos Silva, de 9 anos, que estava desaparecida e foi encontrada morta em Branquinha, interior de Alagoas, foi estuprada antes de ser assassinada.
A motivação do crime não foi divulgada.
Um adolescente de 17 anos, apreendido na tarde de ontem, confessou o crime informando detalhes.
Ele disse que cometeu o estupro sob ameaça de um outro suspeito, que foi preso nesta segunda-feira (27) e, também estuprou a criança.
“Foi possível confrontar o depoimento dele [adolescente] com o que foi relatado pela perícia”.
“Aparentemente os dois não têm relação [os suspeitos], apenas moram na mesma comunidade”.
“O menor conhecia a vítima há mais tempo e o maior foi morar com a tia da vítima, então todos viviam ali naquela mesma comunidade”, explicou o delegado Thales Araújo.
Anna Cecillya desapareceu após sair de casa para brincar no dia 21 de janeiro.
O corpo dela foi encontrado no domingo (26) no Conjunto Raimundo Nonato, na zona rural de Branquinha.
O homem que foi preso é namorado de uma tia materna da menina, tem 19 anos e é natural de Mozarlândia, no estado de Goiás.
O casal se conheceu pela internet há 15 dias e ele deixou sua cidade natal para morar com a namorada, em uma casa vizinha à da menina Anna Cecillya.
Ainda segundo o delegado, o adolescente não deixou claro qual teria sido a motivação do crime.
“Na confissão, ele contou como Anna Cecillya foi brutalmente espancada”, disse o delegado.
“Ele disse que o outro indivíduo fazia uso de um pedaço de madeira e desferiu golpes nela, sendo o primeiro na base do crânio”.
“Isso é 100% compatível com as lesões aferidas no exame técnico. Depois teria dado mais dois golpes na face da vítima”, completou o delegado.
Apesar de não haver indícios, a polícia não descarta ainda a participação de outras pessoas na morte da criança.
Os suspeitos devem responder por ocultação de cadáver, estupro e homicídio qualificado.
O adulto vai responder ainda por corrupção de menores.
Heliana Gonçalves — G1 / AL