Esposa de homem morto no tiroteio com policiais disse que sofria agressões

Rodrigo Ferreira da Silva era agente socioeducativo; esposa disse ter sido agredida por duas horas, com golpes de machadinha, além de estuprada
Local onde aconteceu a troca de tiros, na manhã desse sábado (11), que resultou na morte do agente socioeducativo Rodrigo Gustavo Ferreira da Silva: em depoimento à polícia, mulher disse que o marido era perigoso e violento e que passou a “viver um inferno” depois que perdeu o emprego e não quis engravidar. (Foto: reprodução)

A esposa do agente socioeducativo que morreu, na manhã desse sábado (11), após trocar tiros com a agentes da Polícia Civil no centro de Maceió, disse em depoimento à polícia que sofria agressões havia cinco anos.

Ela denunciou a polícia que também era estuprada por Rodrigo Gustavo Ferreira da Silva, de 39 anos.

No tiroteio, a mãe de Rodrigo e os dois filhos do casal, um de dois anos e outro de 11 meses, foram atingidos.

O delegado Nivaldo Aleixo informou que uma das crianças, que foi atingida no tórax, está na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e o quadro dela é estável.

O outro filho e a mãe de Rodrigo, segundo o delegado, receberam alta hospitalar.

A TV Gazeta (corresponsável por esta reportagem) teve acesso ao Boletim de Ocorrência (B.O.), onde a esposa de Rodrigo relatou diversos abusos sofridos.

De acordo com o depoimento, o marido era perigoso e violento e que a mulher passou a “viver um inferno” depois que perdeu o emprego e não quis engravidar.

Ela disse também que na última quarta-feira (8) foi torturada durante duas horas.

Entre as agressões sofridas na última ocasião estão puxões de cabelo, golpes de machadinha na cabeça, chutes, murros nos braços e pernas, golpes com cabo de vassoura.

Segundo ela, o autor costumava a trancar o quarto e aumentar o som enquanto a torturava.

Em outra ocasião, segundo o depoimento, o autor chegou a comprar um pênis de borracha e obrigava ela a introduzi-lo, causando sangramento durante sete dias.

As agressões também ocorriam na frente dos filhos.

A vítima tinha medo de ser assassinada e que Rodrigo já tinha afirmado que se realizasse uma denúncia e a polícia fosse prendê-lo, ele iria se matar e matar quem estivesse perto.

G1 / AL e TV Gazeta

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