Taquarana: criança morre após pais irem a rezadeira, em vez de buscar socorro médico

Polícia Civil investiga morte; casal disse que ficou nervoso após saber da morte e só aí e buscou atendimento – para si e não para a filha de um ano
PC investiga morte da criança de um ano em Taquarana: pais buscaram socorro médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Palmeira dos Índios, mas para si, relatando que a filha havia morrido e eles teriam ficado bastante nervosos, precisando ser atendidos. (Foto: reprodução / PC-AL)

A Polícia Civil investiga as causas da morte de uma criança de um ano de idade que ocorreu na cidade de Taquarana, interior de Alagoas.

Um Boletim de Ocorrência foi aberto após os pais buscarem atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Palmeira dos Índios relatando que a filha havia morrido e eles teriam ficado bastante nervosos, precisando de atendimento.

O episódio aconteceu nessa quinta-feira (17).

Porém, não levaram a criança até o local.

O pai relatou à polícia que ele e a esposa perceberam que a filha estava doente e, em vez de levá-la até o hospital, optaram por levar até a casa de uma rezadeira.

Ele disse que no caminho percebeu a filha fraca, porém com vida.

Ele e a mãe da criança foram deixados do lado de fora, enquanto a mulher tentava curar a menina através das orações.

Em seguida, a mulher saiu informando que a menina havia morrido.

O pai disse que ficou desesperado, chorando muito e foi levado por um parente, junto com a esposa, para receberem atendimento médico.

Eles relataram o ocorrido e a equipe médica acionou a polícia.

Uma enfermeira foi até a casa da rezadeira, juntamente com os policiais e encontrou a menina com sinais vitais fracos.

Eles socorreram a criança, mas a morte dela foi confirmada pouco tempo depois.

Ao serem questionados, os pais informaram que no dia anterior deram um remédio de dor à filha, acreditando que ela estava doente por causa dos dentes que estavam nascendo.

Após serem ouvidos, os pais foram liberados.

O caso está sendo investigado pelo delegado Thomas Acioli, do 72º Distrito Policial de Taquarana, que aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML).

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