Justiça proíbe campanha em Boca da Mata e Pindoba

Suspensão de carreatas, passeatas e comícios após violência entre apoiadores de candidatos nos dois municípios foi pedida pelo Ministério Público
Autoridades de segurança dizem que por terem as forças políticas locais num enfrentamento mais direto, as eleições municipais resultam em mais acirramento que as eleições gerais. (Foto: reprodução)

A Justiça Eleitoral proibiu, nesta terça-feira (2), a realização de carretadas, passeatas, comícios e qualquer ato de campanha política que gere aglomeração nos municípios de Boca da Mata e de Pindoba, no interior de Alagoas, até o dia das eleições, devido ao clima de violência nas cidades.

Na última segunda-feira (28), a Justiça também proibiu atos de campanha eleitoral em Taquarana por causa do acirramento da disputa na cidade.

Boca da Mata tem 2 candidatos a prefeito e 35 a vereador.

O juiz da 48ª Zona Eleitoral, Vinícius Augusto de Souza Araújo, atendeu ao pedido do Ministério Público e determinou a suspensão imediata dos atos de campanha.

O Ministério Público informou ao juiz sobre a escalada de violência e animosidade durante a campanha eleitoral na cidade, e relatou uma série de eventos ocorridos nos últimos dias, como tumultos, agressões físicas, ameaças e até disparos de arma de fogo envolvendo apoiadores de ambas as coligações.

A multa é de R$ 100 mil para cada ato de propaganda realizado, em caso de descumprimento da decisão.

Em Pindoba, são 2 candidatos a prefeito e 20 a vereador.

A juíza da 5ª Zona Eleitoral, Juliana Batistela, proibiu atos coletivos de campanha e determinou que a Polícia Milita fiscalize carros e motocicletas que circularem na cidade após as 20h, e façam buscas nos veículos para localizar armas.

De acordo com as autoridades de segurança, por terem as forças políticas num enfrentamento locais mais direto, as eleições municipais resultam em mais acirramento que as eleições gerais.

A Polícia Militar também deve fazer busca pessoal nos candidatos, assim como nas pessoas que os acompanharem quando estiverem circulando nas ruas, seja a pé ou em veículos, para buscar armas e solicitar documentos, a fim de verificar se existem integrantes das forças policiais fazendo a segurança pessoal dos candidatos.

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