VÍDEO: Em SP, homem aponta arma para outro em via pública -e PM vê, mas, não age

PM, de braços cruzados, diz que “estava de folga”, não faz nada para intervir e mandou acionar 190
Imagem de post divulgado em rede social pelo ex-senador e atualmente deputado estadual em São Paulo: depois de não fazer nada ante ameaça a mão armada, PM discute com pessoa que flagrou sua atitude. (Foto: reprodução)

Vídeo de episódio de violência urbana em São Paulo (SP) chamou a atenção pela inoperância de uma policial feminina, que mesmo vendo um homem de arma em punho e apontando-a para o que seria um menor, se mantém de braços cruzados.

Além disso, a PM, sob a alegação de estar de folga, ainda tenta desferir um chute quando a suposta vítima é colocada perante ela, para afastar-se de um suposto pedido de ajuda, e discute com a pessoa que faz a gravação, chegando a ameaçá-la.

O vídeo, cuja data ainda não foi definida e veiculado no portal Ponte, teve reprodução pelo deputado estadual Eduardo Suplicy (PT), que já foi senador pelo estado e vereador pela capital paulista.

“É inadmissível que uma policial militar testemunhe uma agressão a um jovem negro, na zona norte da capital paulista, e recuse ajuda”, comentou Suplicy, em texto que acompanha o vídeo.

O registro começa mostrando um homem empunhando uma pistola e apontando-a para a outra pessoa, que é protegida por uma mulher.

Esta se interpõe entre o homem e o jovem.

A gravação prossegue e é possível ver que se trata de acesso para uma estação de via ferroviária urbana, da comunidade Carandiru.

Quando a mulher que tentava proteger o jovem o leva perante a PM, esta tenta desferir chutes, para afastá-lo.

O tempo todo o homem armado se mantém de arma em punho.

Instado por terceiro, o rapaz acaba deixando o local, correndo.

A partir desse momento, tem início uma discussão da militar com a pessoa que está gravando o vídeo – pela voz, um homem de certa idade.

Ao visualizar a PM, ele diz, momentos antes: “tá armado, tá armado”, em alusão ao agressor.

A policial se mantém encostada à parede e de braços cruzados.

O homem passa a cobrar uma atitude da policial, que trava uma discussão com ele, que a acusa de “não servir para nada” e diz que a atitude pode ser enquadrada como prevaricação, crime privativo de servidores públicos – de deixar de agir quando a lei assim o exige.

“Além disso, a PM ainda respondeu com um chute e disse que, por estar ‘de folga’, só poderia ‘ligar 190 e pedir apoio’. É urgente que o homem armado, que ameaçou atirar no jovem, e a policial sejam identificados e investigados”, cobrou Suplicy, na postagem sobre a ocorrência.

Ao final da discussão, a PM parte para cima da pessoa que está registrando as imagens.

A gravação para nesse momento.

Veja o vídeo:

Ponte e redes sociais

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