Vereadora volta a cobrar da Câmara comissão para investigar Braskem

Em pronunciamento na primeira sessão após o alerta de afundamento, vereadora diz que orçamento teve corte para habitação
Uma das imagens-símbolo da tragédia e a vereadora, em pronunciamento nesta terça-feira (05): “a CEI da Braskem deve investigar os crimes cometidos pela empresa e seus cúmplices”, defende Teca Nelma; e acrescenta: “mentiu quem disse que 1,7 bilhão de reais de indenização foi o melhor acordo para nossa cidade”. (Foto: reprodução).

Não poderia ser diferente e o primeiro dia de trabalhos em plenário para a Câmara de Maceió (CMM) teve a parte dedicada aos pronunciamentos pelo afundamento da mina 18, da Braskem.

Num dos pontos da sessão desta terça-feira (05), a vereadora Teca Nelma (PSD) defendeu a instalação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI – as CPIs dos legislativos municipais) para investigar a atuação da Braskem em Maceió.

“Esta Câmara Municipal tem um dever histórico com Maceió. É preciso que seja instalada, urgentemente, uma CEI da Braskem. Há muito para ser esclarecido. A Braskem, silenciosamente, causou este crime irreparável e não pode sair impune”, defendeu a vereadora.

O acordo indenizatório celebrado entre Prefeitura e Braskem também recebeu críticas da vereadora, que pediu a revisão do contrato.

“Mentiu quem disse que 1,7 bilhão de reais de indenização foi o melhor acordo para nossa cidade. De forma irresponsável, sem transparência e sem participação, foi feito um acordo às escuras e, em troca dele, a Prefeitura abriu mão de proteger nosso povo e garantiu à Braskem a certeza de impunidade”, constatou ela.

Teca ainda mencionou a proposta de Lei Orçamentária apresentada pela prefeitura para o ano de 2024, em que os recursos para a política pública de habitação tiveram corte aproximado de 60%.

“É preciso sim problematizar o porquê estamos contando centavos para políticas sociais enquanto a prefeitura destina mais de 33 milhões de reais para comunicação”, denunciou a vereadora.

Segundo o regimento interno da Câmara, a Comissão Especial de Inquérito precisa de 9 assinaturas para ser instalada na Casa Legislativa.

Com assessoria

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