Vereadora discute a tendência em redes sociais sobre os bebês

Silvania Barbosa faz alerta sobre uso de bebês reborns e expressa preocupação sobre a saúde mental de alguns compradores
Vereadora Silvânia Barbosa, ao citar a tendência em torno dos chamados bebês reborn: o que surgiu como arte e passatempo entre colecionadores de bonecas passou a terapia emocional para mulheres que sofreram perdas gestacionais ou não podem ter filhos – para ela, a fixação pela boneca pode prejudicar processos como o luto ou a busca por relações reais. (Foto: reprodução)

A vereadora Silvania Barbosa (Solidariedade) tratou, na manhã desta quinta-feira (15), de assunto que tem tomado as redes sociais e levantado controvérsias: o uso de bebês reborns.

Para a vereadora, a funcionalidade das bonecas anda perdendo o sentido e podem demonstrar a fragilidade mental de alguns compradores.

O fenômeno dos bebês reborn tem ganhado cada vez mais atenção nas redes sociais e no mercado de artesanato, despertando curiosidade, fascínio e, em alguns casos, controvérsia.

Essas bonecas hiper-realistas, feitas à mão com materiais como silicone ou vinil, são projetadas para imitar bebês reais em detalhes como textura da pele, peso e até mesmo movimentos respiratórios simulados.

Mesmo lembrando que os bebês reborn surgiram como uma forma de arte entre colecionadores de bonecas, Silvania esclarece que atualmente a adesão à essas bonecas é diversificada e inclui, desde a terapia emocional para mulheres que sofreram perdas gestacionais ou não podem ter filhos, até questões de impacto psicológico, quando há a necessidade de substituição emocional.

Nesses casos, a fixação pela boneca pode prejudicar processos como o luto ou a busca por relações reais.

O uso dos bebês reborns tem gerado estigma em seus donos, que muitas vezes enfrentam críticas por serem vistos como “estranhos” ou “exagerados”.

No mercado e cultura digital, o assunto ganhou força em plataformas como o YouTube, TikTok e Instagram.

Onde vídeos mostrando o cuidado dos donos com os reborns viralizaram.

Enquanto de um lado, artesãos famosos têm canais dedicados ao processo de criação, grupos no Facebook e fóruns digitais reúnem milhares de entusiastas.

Alguns debates envolvem a exploração comercial dessas bonecas e como alguns vendedores se aproveitam da vulnerabilidade emocional dos compradores.

O limite entre a fantasia e a realidade tem sido debatido amplamente na web e trazido questionamentos sobre até que ponto o uso excessivo dessas bonecas pode afetar a percepção da maternidade real.

Para alguns, esse comportamento social é uma válvula de escape emocional ou um hobby inofensivo, para outros podem representar um sinal de questões psicológicas mais profundas, desafiando noções tradicionais sobre afeto, realidade e consumo.

A vereadora também enfatizou que casos envolvendo reborns já chegaram na esfera jurídica, e citou o exemplo de brigas pela guarda do bebê ou o desejo de internação clínica para as bonecas.

“A gente já acompanha vídeos de gravidez de bebê reborn, partos, pessoas querendo internar as bonecas em hospitais, alegando enfermidades como virose e até briga na justiça pela guarda”.

“Isso acende o alerta sobre ajuda emocional que as pessoas estão precisando”, afirmou a parlamentar.

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