A nova proposta de resolução na Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre a crise venezuelana, liderada pelos Estados Unidos, reforça a cobrança pela divulgação das atas por seção eleitoral.
Por outro lado, abriu mão da verificação externa do processo.
O texto deverá ser apreciado em sessão ainda nesta sexta-feira (16).
A averiguação internacional da votação foi justamente o ponto que levou o Brasil e outros países a votar contra a primeira proposta, analisada em 31 de julho na OEA.
O novo texto, ao qual a CNN (responsável por esta reportagem) teve acesso, foi finalizado nesta sexta-feira.
Na avaliação da diplomacia brasileira, ficou compatível com o tom adotado no comunicado conjunto de Brasil, Colômbia e México no dia 8 de agosto — tornando mais altas, desta vez, as chances de aprovação.
Como mostrou a CNN, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, indicou ao chanceler Mauro Vieira que os Estados Unidos estão abertos a receber contribuições do Brasil para uma nova proposta de resolução sobre a crise na Venezuela.
A nova proposta de resolução da OEA demostra preocupação com a preservação dos equipamentos e registros eleitorais impressos.
O texto ainda pede que as autoridades da Venezuela protejam representações diplomáticas e quem busca asilo nessas instalações.
O Brasil tem especial interesse nesse item, já que assumiu a responsabilidade de segurança de seis opositores do regime de Nicolás Maduro que estão abrigados na embaixada da Argentina.
Como antecipado pela CNN, a proposta articulada pelos Estados Unidos não fala em novas eleições.
A ideia de uma nova votação foi defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro.
A primeira resolução da OEA sobre a Venezuela teve 17 votos a favor da resolução, 11 abstenções, nenhum contra e 5 delegações ausentes. Como não alcançou a maioria, o texto foi rejeitado.