A União Nacional dos Estudantes (UNE) divulgou, neste sábado (03), uma plataforma para reunir as reclamações dos candidatos do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2024.
Ao longo da semana, o programa apresentou falhas, e estudantes avaliam que “perderam” as vagas devido a problemas técnicos relativos ao Ministério da Educação (MEC).
O site criado pela UNE é para reunir as denúncias de candidatos que se sentiram prejudicados pelo processo do Sisu.
Além disso, a representação enviou um ofício ao MEC pedindo esclarecimentos das falhas e dos resultados divergentes apresentados pelo sistema.
Inscritos no Sisu reclamam de problemas com plataforma do programa
“Pedimos ainda informações sobre os problemas enfrentados nos sistemas do ministério, bem como as providências adotadas para garantir a segurança e eficiência no Sisu, uma vez que todos os estudantes brasileiros têm direito à informação e transparência do processo”, escreveu a UNE, na rede social X (antigo Twitter).
“Não se brinca com o sonho dos estudantes”, destacou a entidade.
“Queremos centralizar os casos para poder mediar a melhor solução diante desses erros graves”, explicou.
Entenda
A primeira chamada dos alunos aprovados nas universidades deveria ter sido publicada na terça-feira (30), no Sisu.
No entanto, o programa do MEC apresentou falhas, e o resultado precisou ser adiado na quarta-feira (31).
Apenas uma porção dos candidatos conseguiu acesso ao sistema na terça e, por um erro, viram a lista de aprovação antes de todas as análises do processo de cotas. Dessa forma, quando saiu a lista oficial, alguns alunos “perderam” a vaga.
Isso porque, segundo informações do G1, o Sisu liberou erradamente e de forma antecipada a posição de alguns alunos nas listas de cursos, antes que todas as oito avaliações de cotas estivessem prontas.
Após uma mudança no sistema de análise, os alunos passaram a ser todos considerados para as vagas de universidade, independentemente de inscrição em critério de cotas.
Se a nota de um cotista for insuficiente para a ampla concorrência, então ele passará a concorrer pelas cotas.
Mas esse processo tem várias etapas, já que o estudante poderá ser considerado pela renda, raça ou histórico em escola pública.
Na última sexta-feira (02), o MEC admitiu a “divulgação indevida de resultados provisórios, ainda não homologados, durante 25 minutos”, um dia antes do previsto pelo calendário.
O ministério se comprometeu a investigar as falhas do processo e o vazamento de dados.
Isabella Cavalcante