TRE-PR mantém mandato de Sérgio Moro

Ações pediam a cassação do mandato por abuso de poder econômico, caixa 2, uso indevido de meios de comunicação e irregularidades em contratos
TRE-PR livrou o senador Sergio Moro (União-PR) de ter o mandato cassado: corte analisou ações que pediam a cassação do mandato do parlamentar por abuso de poder econômico, caixa 2, uso indevido de meios de comunicação e irregularidades em contratos. (Foto: reprodução / Jeferson Rudy / Agência Senado)

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) formou maioria contra a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil), em julgamento nesta terça-feira (09).

O desembargador Anderson Ricardo Fogaça acompanhou o entendimento do relator do caso, Luciano Carrasco Falavinha e votou contra o pedido do PT e do PL para cassar o mandato de Moro e de seus dois suplentes eleitos em 2022 ao Senado.

Neste momento, dos sete desembargadores, quatro votaram contra a cassação e dois votaram a favor.

Resta, ainda, o voto de um magistrado, mas o resultado final não pode ser revertido, embora a parte derrotada possa recorrer da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O que está em jogo?

A Corte analisou ações que pediam a cassação do mandato do parlamentar por abuso de poder econômico, caixa 2, uso indevido de meios de comunicação e irregularidades em contratos.

O julgamento focou na chapa formada por Moro e os suplentes Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra. Eles teriam estourado o teto de gastos para campanhas eleitorais ao Senado Federal, o que, segundo as ações de PT e PL, teria desequilibrado o pleito.

As ações sobre as quais o Tribunal Regional Eleitoral se debruça foram apresentadas à Justiça pelos antagônicos Partido Liberal (PL) e Partido dos Trabalhadores (PT).

O atual senador é investigado por abuso de poder econômico na última eleição.

Os gastos teriam desequilibrado a disputa, principalmente porque antes do político concorrer ao Senado Federal, houve gastos para a pré-campanha de Moro à presidência da República.

O estouro do teto de gastos é outro ponto contido nas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes): os partidos alegam que Moro gastou acima do limite definido por lei — R$ 4,4 milhões em 2022, segundo definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Renan Melo Xavier, Lucas Pavanelli

Leia também