Tentativas de fraudes online no Carnaval podem passar dos R$ 100 milhões

Maior número de turistas e comércio aquecido motivam projeção; veja os mais comuns – e dicas de como evitá-los
Multidão segue trio em Salvador: entre os golpes estão a desculpa de que visor da maquininha está quebrado e cartão com modalidade por aproximação – nunca o deixe à mostra. (Foto: reprodução / Vitor Santos / Agnews)

O movimento esperado para o Carnaval de 2024 deve ser maior do que o registrado nos últimos anos, em linha com a recuperação da economia no pós-pandemia.

E o número de golpes, também.

Somente no período entre 10 a 14 de fevereiro são esperadas aproximadamente 83,4 mil tentativas de ações fraudulentas, o que significa um aumento de 5,4% em relação ao Carnaval do ano passado, segundo levantamento da ClearSale.

A empresa dedicada à segurança em compras online estima que os golpistas podem lucrar até R$ 101,6 milhões, caso consigam efetivar as fraudes, valor 3,3% maior em relação a 2023.

O crescimento do turismo no pós-pandemia aquece datas relevantes para o setor, principalmente o Carnaval.

Movimento que é positivo por um lado, mas que também serve como um alerta importante tanto para os comerciantes que buscam aproveitar as vendas durante a folia, quanto para os consumidores.

Além das fraudes online, o grande movimento de foliões e o consumo de bebidas alcoólicas formam a oportunidade perfeita para que os golpistas furtem cartões de crédito ou débito, celulares, ou apostem em outras estratégias para conseguir dinheiro durante o momento de distração.

Veja alguns dos golpes mais frequentes:

Troca de cartões

Os golpistas costumam aproveitar o momento da venda com a maquininha para efetuar a troca do cartão por algum outro que já foi roubado e utilizado em golpes, sem que a vítima perceba.

Por isso é importante não entregar o seu cartão na mão do vendedor, ou conferir o cartão que foi devolvido.

Pix via QR code

Ocorre quando o valor definido no QR code é maior do que aquele divulgado na venda e, em meio ao tumulto, passa despercebido pela vítima que acaba pagando mais caro.

Ou seja, antes de concluir uma transação via Pix, confira o valor que aparece no visor.

Pagamento por aproximação

Ao deixar o cartão no bolso ou solto na bolsa, isso possibilita que o golpista se aproxime com alguma maquininha e, de forma discreta, faça uma cobrança sem que a vítima perceba.

Então é importante evitar a exposição do cartão, seja de crédito ou de débito.

Maquininha com visor quebrado

Sem conseguir visualizar o valor digitado, a vítima corre o risco de passar um valor maior do que foi acordado. Por isso, nunca aceite realizar uma transação em uma maquininha quebrada.

Débora Oliveira – CNN

Leia também