“Temos de aprender a conversar com os evangélicos”, diz Lula

“Será que nós estamos falando aquilo que o povo quer ouvir de nós?", questionou o presidente
Em foto de outubro do ano passado, o então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante encontro com evangélicos em São Paulo. (Foto: reprodução/REUTERS/Carla Carniel –19/10/2022)

Durante a conferência eleitoral do Partido dos Trabalhadores (PT), realizada em Brasília na última sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a necessidade de estabelecer um diálogo efetivo com o eleitorado evangélico.

O evento, que contou com a presença de aproximadamente 2.500 pessoas, marcou o início da campanha eleitoral do partido para as eleições municipais de 2024.

Lula se disse preocupado com a comunicação dos candidatos petistas com os evangélicos, enfatizando a importância de entender e atender às expectativas desse segmento da população, segundo reportagem da Carta Capital.

Essa declaração vem após a divulgação de uma pesquisa do Datafolha, indicando um índice de reprovação mais alto para o atual governo entre os evangélicos.

Nesse segmento, 38% desaprovam a gestão de Lula.

“Será que nós estamos falando aquilo que o povo quer ouvir de nós? Será que nós estamos tendo competência para convencer o povo das nossas verdades? Ou será que nós temos que aprender com o povo como é que a gente fala com ele?”, questionou Lula.

O presidente abordou a necessidade de criar uma narrativa que ressoe com os evangélicos, reconhecendo o papel significativo que as igrejas desempenham na vida de muitos, especialmente em aspectos familiares e sociais. Além disso, Lula também mencionou a importância de dialogar com pequenos e médios empresários, destacando um desafio percebido pelo PT: a mudança no perfil de seu eleitorado tradicional, especialmente entre os que melhoraram de vida.

Durante o evento, a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, também fez declarações, incluindo a defesa da prisão de Jair Bolsonaro (PL).

A conferência contou ainda com a presença de figuras importantes do governo, como o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), a primeira-dama Janja da Silva, além de ministros, governadores e parlamentares do PT.

Brasil 247 citando Carta Capital

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