SpaceX faz manobra inédita de retorno com propulsor de foguete Starship

Cientistas comparam técnicas atuais a construir – e descartar – automóvel, veículo de carga ou de passageiros apenas para uma viagem
Equipe comemora sucesso da operação e, ao lado, propulsor de volta ao ponto de lançamento (estágio superior estava a 144km da Terra – veja no vídeo): teste foi concluído na quinta tentativa de decolagem de nave não tripulada, em Boca Chica, no Texas, na manhã deste domingo (13). (Foto: reprodução)

A SpaceX, empresa de Elon Musk, completou o quinto teste da Starship, o sistema de foguete mais poderoso já construído, neste domingo (13).

A missão alcançou com sucesso o objetivo de trazer o propulsor Super Heavy, a parte inferior da nave, de volta à base de lançamento no Texas. Confira:

O lançamento inicial estava marcado para as 7h da manhã no Texas (a partir das 9h no horário de Brasília).

A nave, que não era tripulada, decolou da plataforma em Boca Chica, no Texas.

Além de trazer o propulsor de volta à base, um dos principais objetivos da missão foi realizar a reentrada e o pouso controlado da Starship, que foi direcionada para um mergulho no Oceano Índico.

O primeiro estágio se desconectou da aeronave após apenas dois minutos e 41 segundos de voo, iniciando seu retorno controlado à plataforma de lançamento.

SpaceX faz manobra inédita de retorno com propulsor de foguete Starship

A Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA, responsável pelo licenciamento de lançamentos de foguetes comerciais, anunciou neste sábado (12) que a SpaceX “atendeu a todos os requisitos de segurança, ambientais e outros requisitos de licenciamento para o voo de teste suborbital.”

O objetivo de cada marco é entender como a SpaceX pode, um dia, recuperar e relançar rapidamente os propulsores do Super Heavy e as espaçonaves Starship para futuras missões.

A recuperação e reutilização de partes de foguetes é considerada essencial para o objetivo da SpaceX – bem como de qualquer projeto espacial – de reduzir o tempo e o custo de levar carga — ou pessoas — à órbita da Terra e ao espaço.

Os cientistas fazem uma comparação para ilustrar o dispêndio das técnicas existentes: é como se para cada uso de um automóvel, veículo de carga ou de passageiros tivesse que ser construído – e depois descartado – o veículo inteiro.

Com informações de Flávio Pinto — colaboração para a CNN

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