A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de conceder liberdade ao ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, se dá exatamente uma semana após depoimento do militar do Exército ao FBI.
Cid foi preso pela segunda vez em março deste ano, depois de a revista Veja publicar uma reportagem baseada em áudios do tenente-coronel contra Moraes a Polícia Federal.
Na ocasião, ele havia dito a um interlocutor que havia sido coagido a assinar um acordo de delação premiada.
A defesa de Cid negou o fato.
Na última sexta-feira, dia 26 de abril, Mauro Cid prestou depoimento de pouco mais de duas horas a autoridades do Federal Bureau of Investigation (FBI), que assinou um acordo de cooperação com a Polícia Federal.
O objetivo é investigar a atuação de Cid e Bolsonaro no caso das joias.
Agentes da PF chegaram a ir aos Estados Unidos para colher provas sobre a suspeita de que Bolsonaro teria mandado vender relógios que foram dados de presente ao governo brasileiro pelo governo da Arábia Saudita durante seu mandato.
Ao menos um relógio foi vendido e recomprado, em seguida, pelo advogado de Bolsonaro, Frederick Wasseff.
Lucas Pavanelli