O sindicato que representa médicas e médicos do Estado divulgou, por meio de sua assessoria de Comunicação Social, nota em que a direção da entidade de classe denuncia o que caracteriza como prática abusiva pela direção do HGE, o maior hospital público de urgência e emergência de Alagoas.
“A presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Sílvia Melo, lamentou que essa semana os colegas do HGE tenham sido afrontados pelo diretor geral, deparando-se com cartazes incentivando pacientes e acompanhantes a denunciarem diretamente no whats app dele problemas com o atendimento”, denunciou a entidade, no documento.
A presidente do Sinmed reagiu, ao saber da prática:
“Não admitimos essa estratégia tendenciosa à transferência de culpa para os profissionais”, declarou Sílvia Melo.
“Os médicos e demais integrantes da equipe merecem respeito e reconhecimento, até porque se superam a cada dia para gerar o melhor resultado possível diante de tanta escassez”, desabafou a médica e dirigente sindical.
Segundo ela, a falta de condição de trabalho é acima do imaginável, apesar das artimanhas para mascarar a realidade.
“Não é justo tentar confundir a opinião dos usuários, induzindo-os de que, havendo falha, a origem esteja atrelada aos que executam o serviço”.
“Na verdade, somos todos vítimas do descaso com a saúde pública”.
“Não é fácil trabalhar onde não existe estrutura; nós enfrentamos esse desafio, e ainda assim geramos ótimos resultados – nos desdobramos muito para tal façanha”.
“Merecemos respeito, gratidão e reconhecimento”, desabafou Sílvia Melo.
De acordo com o sindicato, “além da escassez no abastecimento de insumos e medicamentos, há limitações no dimensionamento da equipe, instalações precárias, e equipamentos quebrados”.
“Tudo isso é protagonizado pelos gestores, não é correto inverter os papéis,” ressalta a presidente do Sinmed.
Ainda conforme a nota, “no intuito de evitar distorções, as redes sociais do Sinmedalagoas estão divulgando a listagem dos itens que atualmente estão em falta nesse período, incluindo a ausência de equipamentos inoperantes por falta de manutenção e que comprometem a qualidade da assistência”.
A reportagem procurou a Secretaria de Saúde no início da noite, mas até a publicação deste material, não tinha recebido retorno.
O portal segue aberto à manifestação das autoridades responsáveis.
Com informações — assessoria