Silvio Almeida vive abolicionista em desfile da Portela: “carnaval me inventou”

Ministro pisou na Sapucaí na noite da segunda (12) e representou Luiz Gama, advogado e patrono da abolição no Brasil
Ministro Sílvio Almeida, em desfile da Portela, na Marquês de Sapucaí, vivendo personagem Luiz Gama, advogado e patrono da abolição da escravidão no Brasil. (Foto: reprodução / Peter Ilicciev / Enquadrar / Estadão Conteúdo)

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, pisou na Sapucaí na noite dessa segunda-feira (12).

Ele participou de desfile da Portela, no Rio de Janeiro, e representou Luiz Gama, advogado e patrono da abolição da escravidão no Brasil.

Em suas redes sociais, Almeida disse que seu avô, conhecido como “Lorito”, foi um dos fundadores da Vai-Vai – escola de samba de São Paulo.

Ele afirmou que a escola faz parte da história de sua família e a classificou como “uma das mais vigorosas manifestações da cultura negra da cidade de São Paulo”.

Pouco antes de pisar na Avenida, parafraseando o escritor e professor Luiz Antônio Simas, o ministro escreveu: “o Carnaval me ‘inventou’ e o Brasil, e o que ele tem de bom, de resistente, de criativo me permitiu chegar aqui e servir ao meu país”.

“Vovô, estarei hoje na Sapucaí com o senhor no meu coração”, acrescentou.

O desfile da Portela retratou o romance “Um Defeito de Cor”, da escritora Ana Maria Gonçalves.

O enredo refaz os caminhos imaginados da história de Luiza Mahim — mulher preta e mãe de Luiz Gama (retratado por Almeida).

A escola diz ter escolhido o tema devido à “necessidade de celebrar e cultuar na arte, na cultura, a trajetória de uma negra matriarca que se confunde a tantas outras até os dias de hoje”.

“Precisamos não apenas nos espelhar na história, mas principalmente valorizar as descendentes desses movimentos de coragem por amor à continuidade. Através de seu filho, Luiz Gama, sonhamos com uma carta onde o importante abolicionista responde a sua mãe sobre o legado da memória que ela deixou: o livro”, indica o enredo.

Da CNN* (*Publicado por Danilo Moliterno)

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