O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, pisou na Sapucaí na noite dessa segunda-feira (12).
Ele participou de desfile da Portela, no Rio de Janeiro, e representou Luiz Gama, advogado e patrono da abolição da escravidão no Brasil.
Em suas redes sociais, Almeida disse que seu avô, conhecido como “Lorito”, foi um dos fundadores da Vai-Vai – escola de samba de São Paulo.
Ele afirmou que a escola faz parte da história de sua família e a classificou como “uma das mais vigorosas manifestações da cultura negra da cidade de São Paulo”.
Pouco antes de pisar na Avenida, parafraseando o escritor e professor Luiz Antônio Simas, o ministro escreveu: “o Carnaval me ‘inventou’ e o Brasil, e o que ele tem de bom, de resistente, de criativo me permitiu chegar aqui e servir ao meu país”.
“Vovô, estarei hoje na Sapucaí com o senhor no meu coração”, acrescentou.
O desfile da Portela retratou o romance “Um Defeito de Cor”, da escritora Ana Maria Gonçalves.
O enredo refaz os caminhos imaginados da história de Luiza Mahim — mulher preta e mãe de Luiz Gama (retratado por Almeida).
A escola diz ter escolhido o tema devido à “necessidade de celebrar e cultuar na arte, na cultura, a trajetória de uma negra matriarca que se confunde a tantas outras até os dias de hoje”.
“Precisamos não apenas nos espelhar na história, mas principalmente valorizar as descendentes desses movimentos de coragem por amor à continuidade. Através de seu filho, Luiz Gama, sonhamos com uma carta onde o importante abolicionista responde a sua mãe sobre o legado da memória que ela deixou: o livro”, indica o enredo.
Da CNN* (*Publicado por Danilo Moliterno)