O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou em evento realizado pela CNN Brasil que o país deve se espelhar na velocidade com que a Guiana iniciou sua exploração na Margem Equatorial.
Ele foi questionado sobre recente declaração em que disse que a Guiana estaria “chupando de canudinho as riquezas do Brasil” ao explorar a região.
“O que eu quis dizer é que a Guiana avançou de maneira muito célere nesta região geológica, que divide com o Brasil. Isso demonstra de maneira inequívoca que a Guiana tem mérito em atrair tantos investimentos nestas áreas”, disse.
“Precisamos até nos espelhar na velocidade que teve a Guiana de atrair tantos investimentos”, completou.
Ele ainda usou o exemplo de oportunidades que o Brasil vem perdendo ao não explorar a região, como no caso da petroleira americana Exxon, que fechou seu departamento de geologia no Brasil para investir no país vizinho.
Silveira manifestou nesta segunda-feira sua insatisfação com a classificação da margem equatorial como “Foz do Amazonas”, após o Ibama negar, há um ano, a licença ambiental para a exploração de um bloco de petróleo da Petrobras na região.
O Ibama alegou a falta de uma Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) para justificar a negativa.
“A margem equatorial não é Foz do Amazonas, está a 500 quilômetros de distância”.
“Enquanto discutimos a fase de pesquisa, nossos vizinhos da Guiana estão aproveitando as riquezas do Brasil, explorando petróleo próximo à divisa”, disse o ministro durante uma entrevista sobre Transição Energética no G20, em Belo Horizonte (MG), segundo reportagem do Estado de S. Paulo.
“A Guiana está chupando de canudinho as riquezas do Brasil”, acrescentou.
A margem equatorial se estende por mais de 2,2 mil quilômetros.
A Petrobras destaca descobertas recentes de petróleo na costa da Guiana, Guiana Francesa e Suriname como evidência do potencial exploratório da região.
No entanto, o Ibama considera a Bacia da Foz do Amazonas uma área de alta sensibilidade socioambiental.