Sesau alerta sobre os cuidados para evitar as hepatites virais

Nos seis primeiros meses deste ano, foram contabilizados 71 casos de hepatites virais em Alagoas, segundo autoridades de saúde
Diagnóstico e o tratamento das hepatites virais ocorre nas Unidades Básicas de Saúde municipais. (Foto: reprodução / Carla Cleto e Marco Antônio)

Com o intuito de conscientizar a população alagoana sobre as hepatites virais, doenças que muitas vezes são silenciosas, mas que atingem o fígado e podem levar à morte, a Secretaria de Estado da Saúde (SESAU) alerta para importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento.

As orientações fazem parte do Junho Amarelo, mês dedicado à luta contra as hepatites virais, cuja iniciativa foi instituída no Brasil por meio da Lei nº 13.802/2019, e que tem por finalidade reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle da doença.

As hepatites virais compreendem uma inflamação que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves.

Por serem doenças silenciosas, que atingem o órgão em um processo infeccioso, elas muitas vezes evoluem para doenças mais graves, como câncer hepático ou cirrose, sem que o paciente tenha um diagnóstico.

No Brasil, as hepatites mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C.

Existem ainda os vírus D e E, menos frequentes.

Em Alagoas, em todo o ano de 2023 foram registrados 287 casos de hepatites virais, dos quais 121 ocorreram de janeiro a junho, sendo um de hepatite A, 85 de B e 35 de C.

Já nos seis primeiros meses deste ano, foram contabilizados 71 casos de hepatites virais, sendo 1 de hepatite A, 43 de B, e 27 de C.

A hepatite pode ser transmitida por meio de alimentos, água e sangue contaminados, bem como, através de relações sexuais e da mãe para o filho durante a gestação explica a enfermeira Jussiara Reis

A coordenadora do Programa Estadual de Controle das Hepatites Virais, enfermeira Jussiara Reis, explicou que cada tipo de hepatite tem suas próprias formas de transmissão, sintomas e tratamentos.

“A hepatite A geralmente é transmitida de modo oral fecal por meio de alimentos ou água contaminada, enquanto as hepatites B e C são transmitidas pelo contato com sangue contaminado e, no caso da hepatite B, também por meio de relações sexuais e da mãe para o filho durante a gestação”, detalhou.

Diagnóstico e Tratamento

No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), o diagnóstico e tratamento é realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) gerenciadas pelas 102 Secretarias Municipais de Saúde (SMSs) de Alagoas.

“As hepatites A, D e E têm seus diagnósticos por meio de coleta de sangue por punção venosa com agulha, já as hepatites B e C podem ser diagnosticadas por testes rápidos, por punção venosa e através de coleta de sangue da ponta dos dedos, saindo o resultado em 15 minutos”.

“O tratamento é realizado por meio de medicamentos distribuídos gratuitamente pelo SUS e que são prescritos pelos médicos das unidades de referências” enfatizou Jussiara Reis.

Para realizar o diagnóstico, pacientes são submetidos a exames de sangue ou testes rápidos nas UBSs

A coordenadora do Programa Estadual de Controle das Hepatites Virais destacou, ainda, que a Campanha Julho Amarelo desempenha um papel fundamental na luta contra as hepatites virais. Isso porque, segundo ela, a iniciativa aumenta a conscientização, incentiva a testagem e promove a vacinação.

“Por mais que trabalhemos o tema durante o ano inteiro, o mês de julho volta esse olhar mais direcionado à doença”.

“Por isso, necessitamos informar e sensibilizar ainda mais a população sobre as formas de prevenção e sintomas da doença. As hepatites virais podem ser evitadas e as vacinas contra a hepatite A e B são seguras e eficazes”, ressaltou Jussiara Reis.

Josenildo Torres; Ruana Padilha

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