Sesau alerta para esquema vacinal para evitar HPV

Mais de 90% dos cânceres cérvico uterino, vulvar, peniano, anal e de orofaringe sejam causados pelo vírus
A vacina contra o HPV, que destina-se a meninos e meninas com idades entre 9 a 14 anos, tem o esquema vacinal formado por duas doses. (Foto: reprodução / Carla Cleto)

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) chama a atenção para a necessidade de a população completar o esquema vacinal contra o Papilomavírus Humano (HPV).

O Sistema Único de Saúde disponibiliza gratuitamente nos postos de saúde a vacina contra esse tipo de infecção.

Especialistas recomendam a prevenção para evitar doenças como o câncer do colo do útero e de pênis.

Como forma de chamar a atenção para a importância da prevenção, esta segunda-feira (04) é dedicada ao Dia Internacional de Conscientização sobre o Papilomavírus Humano (HPV).

Os vírus do grupo HPV representam a Infecção Sexualmente Transmissível (IST) com maior prevalência no Brasil, bem como em todo o mundo.

Estima-se que mais de 90% dos cânceres cérvico uterino, vulvar, peniano, anal e de orofaringe sejam causados por esse tipo de condição.

A enfermeira do Programa Nacional de Imunização em Alagoas (PNI/AL), Laudicéia Vieira, afirmou que a vacinação contra o HPV é a estratégia mais eficiente para a prevenção da infecção.

“O imunizante contra o HPV reduz a chance de doenças provocadas pelo vírus, portanto, é fundamental que os pais e responsáveis estimulem a adesão dos adolescentes a essa importante vacina, completando o esquema composto por duas doses”, orientou a profissional.

Laudicéia Vieira ainda destacou que a infecção por HPV pode causar verrugas genitais.

O alerta é ampliado pelo fato que a maioria das pessoas será infectada pelo HPV em algum momento de sua vida, de acordo com estudos da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Estima-se que mais de 90% dos cânceres cérvico uterino, vulvar, peniano, anal e de orofaringe sejam causados pela infecção provocada pelo HPV de pessoas não protegidas, ou seja, não vacinadas

Vacina

Atualmente, o Ministério da Saúde (MS) oferece a vacina quadrivalente contra os tipos de HPV 6, 11, 16, 18 para meninas e meninos com idade entre 9 e 14 anos.

Além disso, podem ser imunizados os grupos de pessoas com condições clínicas especiais, como portadores de HIV/Aids, transplantados de órgãos ou medula óssea e pacientes oncológicos, imunossuprimidos e vítimas de violência sexual (de 9 a 45 anos de idade) que ainda não tomaram a vacina.

Vale destacar que a vacina protege contra os tipos 16 e 18, que são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero e por mais da metade dos casos de outros cânceres relacionados ao HPV, enquanto os tipos 6 e 11 são responsáveis por cerca de 90% dos casos de verrugas genitais.

Os dados só reforçam a importância da imunização.

O esquema completo da vacina quadrivalente contra o HPV compreende a aplicação de duas doses.

O MS incorporou a vacinação contra esse tipo de infecção no Calendário Nacional de Vacinação desde 2014.

Além do Brasil, mais de 100 países no mundo adotaram essa vacina. Estudos publicados recentemente mostraram sua grande efetividade na redução do risco de câncer cérvico uterino e câncer anal nos adolescentes vacinados, quando comparados com os não imunizados.

Os vírus do grupo HPV representam a Infecção Sexualmente Transmissível com maior prevalência no Brasil, bem como, em todo o mundo

Sobre o HPV

O HPV é um grupo de mais de 100 tipos de vírus capazes de infectar tanto a pele quanto a mucosa oral, genital e anal de mulheres e homens, provocando verrugas anogenitais e câncer, a depender do tipo de vírus.

O acometimento pelo vírus provoca uma infecção sexualmente transmissível e não apresenta sintomas na maioria das pessoas e, em alguns casos, pode ficar de meses a anos sem manifestar sinais visíveis a olho nu no corpo do infectado.

Josenildo Torres; repórter: Daniel Tavares

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