Senado analisa prestação de serviços de internet por cooperativas

Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) deve votar permissão em 2024; hoje, apenas empresas exploram serviço
Conexão com Internet para zonas rurais e pequenos municípios é principal argumento de defensores da autorização para que não só empresas possam explorar o serviço, estendendo permissão também a cooperativas. (Foto: reprodução)

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) pode votar em 2024 a permissão para que cooperativas prestem serviços de telecomunicações, como acesso à internet.

A discussão do PL 1.303/2022, relatado pelo senador Eduardo Gomes (PL-TO), começou no ano passado, mas a votação foi adiada a pedido do senador Rogério Carvalho (PT-SE).

O projeto de lei que autoriza cooperativas a prestarem serviços de telecomunicações já foi aprovado na Câmara dos Deputados.

O relator diz que a permissão, hoje, é dada apenas a empresas.

A expectativa, entre os políticos, é de que a entrada de cooperativas no setor leve à democratização dos serviços, em cidades do interior e áreas rurais.

O relator destacou o papel do cooperativismo na prestação de serviços essenciais ao país.

“Em um cenário em que há necessidade da melhoria dos serviços prestados, em pequenos municípios e regiões remotas, não se justifica proibir a atuação de cooperativas, que já demonstraram que podem melhorar um papel na melhoria da oferta dos serviços de telecomunicações nessas localidades”, disse o senador.

Apesar de a comissão concordar com o mérito da proposta, a votação foi adiada.

O pedido de adiamento partiu do senador Rogério Carvalho (PT–SE), que fez um alerta sobre os impactos orçamentários:

“Nós precisamos fazer uma análise mais detida sobre qual o impacto orçamentário da medida – no relatório, não foi apresentada nenhuma estimativa de impacto fiscal”, disse o senador.

Depois de passar pela Comissão de Assuntos Econômicos, o projeto que autoriza cooperativas a prestarem serviços de telecomunicações seguirá para a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informática.

Bruno Lourenço – Agência Senado

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