O ritmo do afundamento do solo na área onde está localizada a mina da Braskem que pode colapsar em Maceió caiu pela quarta vez consecutiva nesta segunda-feira (04). Segundo a Defesa Civil Municipal, o afundamento agora é de 0,25 cm/hora.
Na manhã de sexta-feira (1º), o solo estava afundando a 2,6 cm/hora.
No final do dia, essa medição já mostrava uma desaceleração para 1 cm/hora. No sábado, caiu mais uma vez, passando para 0,7 cm/hora, e depois para 0,3 cm/hora no domingo (03).
“Essa velocidade de subsidência continua caindo de forma bastante considerável, mas a gente continua monitorando, a gente também tem equipes em campo e, é claro, ainda continuamos em estado de alerta máximo”, afirmou o coordenador da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre.
O monitoramento é constante na região por causa do risco de a mina implodir e abrir uma cratera no bairro do Mutange, o que impactaria também a lagoa Mundaú, onde parte da mina está localizada. A instabilidade no solo foi causada pela mineração feita durante décadas pela Braskem e provocou a evacuação de mais de 14 mil imóveis em cinco bairros, afetando cerca de 60 mil pessoas.
Desde 2018, além do Mutange, já houve evacuação também nos bairros Bom Parto, Bebedouro e Pinheiro. Segundo a Defesa Civil, o colapso da mina não representa mais risco para a população porque as regiões ocupadas estão a uma distância segura.
Cau Rodrigues, Heliana Gonçalves, G1/AL