Em programa desta terça-feira (14) pela manhã, o ICL (Instituto Conhecimento Liberta), mídia multiplataforma,0 anunciou uma série de reportagens trazendo um dossiê de denúncias mostrando a atuação do deputado federal por Alagoas Arthur Lira (PP), presidente da Mesa diretora da Câmara dos Deputados, no âmbito rural.
A chamada coube ao apresentador Eduardo (Edu) Moreira, que anunciou uma série de reportagens, a cargo do portal “De olho nos ruralistas”, segundo ele, “um portal de jornalismo dos mais sérios e dos mais equipados de pessoas competentes que existe no país”.
“Eles fizeram um estudo e foram minuciosos, foram ver os contratos, foram ver os documentos, foram aos locais, entrevistar as pessoas”, continuou Moreira.
A apuração da reportagem levou seis meses contínuos de trabalhos da equipe do portal “De olho nos ruralistas”.
Moreira acrescenta que esse tempo levou os jornalistas “a conhecer uma das realidades mais assustadoras, em termos de concentração de poder, de uso de poder político e de acumulação de dinheiro que qualquer um de vocês já viu”, acrescentou.
O material foi dividido em cinco reportagens, com a primeira prevista para esta terça-feira (14).
Mas, o apresentador fez uma ressalva preocupante:
“Recebam e enviem para todo mundo, sabe por quê?”, diz, após informar que as reportagens serão disponibilizadas pelo próprio ICL em suas redes sociais.
“Porque a chance de isso ser tirado do ar, antes de sair as próximas quatro [reportagens], é gigantesca”.
“Porque a gente sabe que o Arthur Lira tem todo o ‘law fare’ dele, tem todo o ataque no campo jurídico”, acrescentou o apresentador e comentarista do ICL, portal que se notabilizou, entre outros adjetivos, por trazer denúncias não veiculadas pela chamada “grande mídia” e tem entre os apresentadores, nomes de expressão que passaram pela Rede Globo, como Heloísa Vilela, Rodrigo Vianna e Chico Pinheiro.
O termo citado pelo apresentador tem origem nos Estados Unidos, a partir da junção dos termos “law” e “warfare” (guerra ou estado de guerra), e designa o uso de leis e mecanismos jurídicos como arma.
Conforme um dos portais consultados pela reportagem, seria o “uso ou manipulação das leis como um instrumento de combate a um oponente desrespeitando os procedimentos legais e os direitos do indivíduo que se pretende eliminar”.
Ou ainda:
“Em termos ainda mais gerais pode ser entendido como o uso das leis como uma arma para alcançar uma finalidade político social, essa que normalmente não seria alcançada se não pelo uso do lawfare”.
Entre os exemplos de lawfare estão a operação lava-jato e o uso de fake news.
“Ele [Lira] já tirou um monte de coisa”, acrescentou Moreira, citando veículos de mídia que trouxeram denúncias contra Lira e foram impedidos de ou as veicular ou de mantê-las no ar; “Agência Pública, Congresso em Foco, já tirou um monte de coisa do ar”.
“Ele tem processo contra a gente, no processo, ele pede para a gente nunca mais poder falar dele. Então, entrem enquanto ainda está no ar. Pode sair do ar a qualquer momento”, advertiu Moreira.