Rebeca Andrade ganha prêmio Brasil Olímpico pela terceira vez consecutiva

Edição também premiou pela primeira vez um atleta do tiro com arco, Marcus D'Almeida
Rebeca Andrade faz história e ganha prêmio Brasil Olímpico pela terceira vez consecutiva. (Foto: reprodução/TV Globo)

A ginasta Rebeca Andrade conquistou pela terceira vez o prêmio de melhor atleta do Brasil.

O reinado continua. No ano em que o prêmio de melhor atleta do Comitê Olímpico do Brasil passou a se chamar Rei Pelé, Rebeca Andrade levou o troféu na categoria feminina.

“Ah, foi um ano incrível, né? Cheio de realizações e conquistas. Não poderia ter sido um ano melhor para ginástica”, disse a ginasta.

Em 2023, a Rebeca subiu no pódio em cinco das seis provas que disputou no Mundial de Ginástica Artística, na Bélgica. Ela conquistou uma medalha de bronze — na trave, três pratas — na disputa por equipes, no individual geral e no solo, e um ouro — no salto.

Na prova em que também é a atual campeã olímpica, Rebeca foi mais uma vez imbatível e superou a americana Simone Biles na final. Até a multicampeã se rendeu ao talento da brasileira.

Flávia: É que a gente estava conversando sobre aposentadoria, lembra? E aí a Biles falou que ia se aposentar, e eu falei “não, você não pode se aposentar…”

Rebeca: Eu falei: “A gente precisa de você!”

Flávia: Aí ela: “Não, eu vou passar minha coroa pra Rebeca”. Aí eu falei: “Ah, então tá bom”, sorriram as duas ginastas.

Com o prêmio deste ano, Rebeca se isolou como a mulher mais vencedora da categoria.

A Rebeca está criando uma dinastia no Prêmio Brasil Olímpico. Foi a primeira vez na história de 24 anos do evento que alguém conquistou o troféu de melhor atleta pela terceira edição consecutiva.

Mas ainda tem espaço para gente nova nessa festa. Marcus Vinicius D’Almeida venceu pela primeira vez entre os homens.

Rebeca: Como você se sente?

Marcus: Muito feliz. Muito, muito feliz mesmo, porque também é o primeiro da modalidade, né?

Foi a primeira vez em que um atleta do tiro com arco foi eleito o melhor do ano.

“Muita gente nem sabia o nome, que se chamava tiro com arco. Todo mundo chama de arco e flecha, e tudo bem. Não tem problema nenhum”, relembra Marcus.

Mesmo defendendo um país sem nenhuma tradição na modalidade, o Marcus conseguiu chegar no topo do ranking mundial neste ano, e foi campeão da final da Copa do Mundo, no México.

“O meu país viu o que eu fiz e decidiu me coroar, né?”

A cerimônia também homenageou Walewska, campeã olímpica com a seleção de vôlei em 2008, que morreu em setembro.

“Obrigada, Wal. Para sempre”, disse Fabi Alvim.

Foi uma noite de gala para fechar um ano de tantas emoções. A partir de agora, a elite do esporte brasileiro começa a olhar para Paris, porque ano que vem tem Olimpíadas.

“Não tem desculpa, não tem cansaço, não tem dor que vá parar a gente. É isso. Resultado é consequência, mas se for por trabalho, a gente já está ali brigando de verdade”, prometeu Rebeca.

Jornal Nacional

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