“Prévia do PIB”: IBC-Br registra alta de 2,45% em 2023, diz BC

Com relação ao balanço trimestral, no 4º trimestre do ano passado, a atividade avançou 0,22%
PIB cresceu 1,9% no primeiro trimestre de 2023: para 2024, foco estará no afrouxamento monetário iniciado em agosto pelo Banco Central e medidas para o equilíbrio fiscal, com a cena externa voltada para a perspectiva de redução dos juros globais. (Foto: reprodução / Getty Images)

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou crescimento de 2,45% em 2023, mostraram dados observados divulgados pelo BC nesta segunda-feira (19).

Em dezembro, o índice apresentou avanço de 0,82% na comparação com o mês anterior – o quarto resultado mensal positivo –, segundo dados dessazonalizados, acima da expectativa em pesquisa da Reuters de 0,75% no mês.

Com isso, o IBC-Br terminou o quarto trimestre de 2023 com expansão de 0,22% em relação aos três mês anteriores, também em dados dessazonalizados.

O BC ainda revisou o resultado de novembro para uma expansão de 0,1%, de variação positiva de 0,01% informada antes.

Na comparação com dezembro do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 1,36%, de acordo com números observados.

Depois de surpreender no primeiro semestre de 2023 e mostrar resiliência no terceiro trimestre, a expectativa era de que a economia brasileira teria terminado o ano rondando a estagnação.

De um lado pesaram os efeitos defasados dos juros elevados, o alto endividamento das famílias e a dissipação dos efeitos do setor agrícola.

Mas o mercado de trabalho favorável e o arrefecimento da inflação favoreceram de outro.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará em 1° de março os números oficiais do PIB em 2023. Em 2022, o PIB brasileiro cresceu 3%.

Tanto o Banco Central quanto o Ministério da Fazenda projetaram no final do ano passado uma expansão de 3% do PIB em 2023.

Dados recentes mostram que dezembro foi marcado por desempenho melhor do que o esperado da indústria, mas queda intensa das vendas no varejo e decepção com o aumento no volume de serviços.

Para 2024, fica no foco o afrouxamento monetário iniciado em agosto pelo Banco Central e medidas para o equilíbrio fiscal, com a cena externa voltada para a perspectiva de redução dos juros globais.

O Banco Central já tirou a taxa básica de juros Selic do pico de 13,75% para o patamar atual de 11,25%

O IBC-Br é construído com base em proxies representativas dos índices de volume da produção da agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além do índice de volume dos impostos sobre a produção.

Reuters

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