Criminosos invadem fazenda de Leonardo com droga e fugiram em 10 minutos

Polícia apreendeu 420kg de pasta base de cocaína; nem cantor nem a família estavam no local
Avião com drogas que invadiu pista da fazenda do cantor Leonardo, em Jussara (GO). (Foto: reprodução/TV Anhanguera)

Um avião com quase meia tonelada de pasta base de cocaína pousou na fazenda Talismã do cantor sertanejo Leonardo, em Jussara, a 270km de Goiânia. Um grupo armado esperava pela droga às margens da rodovia e entrou em confronto com a Polícia Militar. Estima-se que 11 criminosos armados participaram da ação.

Entenda abaixo como se deu a invasão, o confronto e o fuga dos criminosos:

A invasão

A fuga

O confronto

A droga

Leonardo e família

  1. A invasão

O avião veio da Bolívia até Goiás e pousou sem autorização dentro da fazenda Talismã, na tarde de sexta-feira (10). O cantor Leonardo, que é dono da propriedade, não estava lá quando tudo aconteceu.

O piloto do avião disse aos funcionários da fazenda que havia feito um pouso de emergência, porque precisava abastecer. Apesar disso, os funcionários estranharam a situação e ligaram para o irmão de Leonardo, Alessandro Costa, que chamou a polícia.

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Paralelo a isso, duas caminhonetes e um carro ocupados por integrantes do grupo criminoso se aproximaram. Estima-se que 11 criminosos armados participaram da ação.

O Superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Goiás, Thiago Queiroz, acredita que toda a ação criminosa foi improvisada e que, muito provavelmente, a aeronave fez um pouso de emergência para evitar uma queda causada por falta de combustível.

“O que se sabe até o momento é que a aeronave tentava evitar uma queda seca, uma queda por falta de combustível”, afirmou Queiroz.

  1. A fuga

Segundo o inspetor da PRF, Newton Moraes, os criminosos começaram a transferir a droga de dentro do avião para uma das caminhonetes, de modelo Hilux.

Já em um carro modelo Fiat Uno havia galões com combustível, usados para abastecer a aeronave. Após a ação, os três veículos e o avião fugiram.

“Comunicaram o gerente via rádio, ele foi e trancou a entrada da fazenda pro pessoal não sair e dar tempo da polícia chegar pra ver do que que tratava. Eles arrancaram os portões da entrada do trilho e foram embora. Evadiram do local, entendeu? Tudo isso aí, segundo os meninos, durou 10 minutos”, detalha o irmão de Leonardo.

  1. O confronto

A Polícia Militar e a PRF acionaram o serviço de inteligência e conseguiram prever onde a Hilux estaria. A partir disso, localizaram a caminhonete na BR-070, entre as cidades de Jussara e Montes Claros de Goiás (veja mapa abaixo).

A equipe da PM relata que tentou abordar a Hilux, mas que os ocupantes reagiram atirando. Os militares revidaram os disparos e alvejaram dois suspeitos, que eram um homem e uma mulher.

O casal baleado chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Municipal de Jussara. Mas como estavam muito feridos, não resistiram e morreram. O Instituto Médico Legal (IML) confirmou ao g1 que foi acionado para fazer a remoção dos dois corpos da unidade médica e realizar a necrópsia.

Até a última atualização desta reportagem, a identidade do casal ainda não havia sido revelada. Estima-se que ambos tenham em média 30 anos e antecedentes por tráfico de drogas e homicídio.

Não há informações sobre o paradeiro do avião e do Fiat Uno.

A droga

A droga que estava dentro da caminhonete Hilux foi apreendida pelos policiais após o confronto. No total, a PM encontrou 420kg de pasta base de cocaína. A droga foi encaminhada para a sede da Polícia Federal, em Goiânia.

A polícia também apreendeu duas armas de fogo, a caminhonete Hilux, dois rádios comunicadores e uma antena para comunicação via satélite.

A segunda caminhonete foi encontrada abandonada em Montes Claros de Goiás. Dentro do veículo não havia nenhuma quantidade de droga.

Leonardo e família

O cantor sertanejo Leonardo e a esposa Poliana estavam em São Paulo quando tudo aconteceu. Portanto, não presenciaram nenhum momento do crime.

João Guilherme, filho do cantor, fez comentários sobre o caso nas redes sociais. Ele brincou dizendo que não tem nada a ver com o crime.

“Juro que não tem nada a ver comigo, mas poderia”, escreveu. “Branco não, só orgânicos”, completou João Guilherme.

Larissa Feitosa, G1/Goiás

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